Silvio de Abreu, um dos nomes mais importantes da teledramaturgia brasileira, revisitou momentos marcantes de sua carreira e falou abertamente sobre temas que envolvem o futuro das novelas, o streaming e a presença de influenciadores em papéis na televisão.
Autor de clássicos como Rainha da Sucata (1990), A Próxima Vítima (1995) e Torre de Babel (1998), Silvio de Abreu relembrou o desafio de ter reescrito Guerra dos Sexos, em 2013, três décadas após o sucesso da versão original. “Era como se eu estivesse em uma armadilha. Foi um trabalho muito difícil. Não sou a favor de remakes por isso. Mesmo Vale Tudo, que está sendo muito bem feita, não tem impacto. Já foi vista, não tem graça”, criticou.
Ao ser questionado sobre o espaço crescente de influenciadores digitais nas produções televisivas, Silvio de Abreu foi direto. “Acho que o influencer deve fazer o que sabe fazer, mas não é ator. Sinto muito. Ser ator é outra profissão”, contou o artista.
Fora da Globo desde 2020, o autor também falou sobre sua estreia no streaming como supervisor de Beleza Fatal, novela da Max, escrita por Raphael Montes. “Foi um prazer trabalhar com Raphael. Unimos minha forma clássica com a modernidade dele ao construir personagens e cenas. Funcionou maravilhosamente bem”, elogiou em conversa com o Companhia Certa, da RedeTV!.
Silvio de Abreu ainda comentou sobre as transformações no mercado audiovisual após a pandemia. “Depois da pandemia, o streaming cresceu muito e pulverizou tudo”, disse o dramaturgo, que agora vê com naturalidade a diversidade de plataformas e formatos na teledramaturgia atual.