Um dos maiores clássicos da teledramaturgia da Globo, A Viagem está sendo exibida na emissora. A novela de Ivani Ribeiro (1922-1995), exibida originalmente em 1994, retornou ao ar no Vale a Pena Ver de Novo, e reacendeu a memória de personagens icônicos. Um deles é Téo, vivido por Maurício Mattar, que relembrou os bastidores e o impacto do folhetim em entrevista à Quem.
“É gratificante saber que é uma novela que marcou muito o público e que é a mais reprisada da Rede Globo até hoje”, afirmou. O ator celebrou o sucesso contínuo da trama, que se destacou por introduzir o espiritismo na TV aberta, algo inédito na época. “Até hoje é um sucesso, porque tratava sobre o lado espírita, algo que nunca tinha sido feito antes na teledramaturgia”, contou.
Na trama, Téo convivia com a influência do espírito de Alexandre, personagem vivido por Guilherme Fontes, que volta do além para se vingar dos que contribuíram para sua prisão e morte. “A Viagem foi uma delícia, porque fizemos um trabalho muito bom, principalmente pela nossa intimidade e amizade. Somos amigos desde o teatro, desde adolescentes”, disse.
Maurício Mattar destacou como mais desafiadoras as cenas em que seu personagem era possuído por Alexandre, numa espécie de fusão entre os dois. “Era uma fusão muito saborosa artisticamente, pois havia dois personagens em um só. Isso foi um desafio muito gostoso. Tenho uma recordação muito boa dessa novela, porque ela foi muito bem feita, escrita e dirigida”, contou.
Embora nunca tenha presenciado nada “sobrenatural” nas gravações, o ator revelou que sentia uma energia intensa. “Eu me concentrava muito para fazer um trabalho que lidava com energias espirituais. Chegava em casa com muita dor de cabeça, por mexer com uma energia que não é brincadeira”, declarou. “A gente levava muito a sério. Nunca vi nada extraordinário acontecer espiritualmente, mas a energia era diferente”, contou.


