Cauã Reymond foi um dos convidados do Altas Horas deste sábado (24) e compartilhou com Serginho Groisman os desafios que enfrentou no começo da carreira. O ator contou que ouviu de um empresário que não tinha o perfil para ser protagonista da Globo e precisou superar muitos obstáculos, inclusive vivendo em condições precárias nos Estados Unidos.
“Um empresário falou para mim que eu não era louro e não tinha olhos azuis, e nunca ia ser protagonista da Rede Globo. Que era para encontrar um plano B, e eu nunca consegui ter um plano B”, revelou. Na época, Cauã Reymond ainda trabalhava como modelo e foi incentivado a tentar a carreira de ator pela mãe e pelo pai.
Segundo o ator, sua mãe acreditava que o destino dele era atuar. “Minha mãe era astróloga, ela já virou estrelinha, mas ela falava que no meu mapa eu ia ser ator. E o meu pai falou: ‘cara, por que você não tenta ser ator?’. Eu morava em Nova York, estava terminando esse momento como modelo. Tive uma crise de espinha, tinha muitas espinhas internas, aquela espinha que dói. Parei de trabalhar como modelo”, contou.
Mesmo diante da descrença de outros, Cauã Reymond foi até uma escola de atuação em Nova York, onde a professora viu potencial nele. “Cheguei lá, ela me adorou, eu nem sabia o que era atuar direito. Fui lá, decorei um pequeno monólogo, não falava inglês direito também. Ela me perguntou: ‘você volta amanhã’. Voltei no dia seguinte e ela me perguntou a mesma coisa. Falei: ‘não volto, porque acabou meu dinheiro’. E ela falou: ‘te dou uma bolsa de estudos’. Eu falei: ‘cara, mas eu não tenho onde morar’. Ela: ‘te dou um emprego’”, relatou.
Para sobreviver em Nova York, Cauã Reymond conciliou os estudos com trabalhos de manutenção. Ele varria o chão e limpava banheiros da escola de atuação, além de dar aulas de jiu-jitsu à noite. “Morava num quarto de cachorro. Morei dois anos em Nova York, ganhando só 20 dólares por dia, escolhendo qual refeição ia poder comer. E vou te falar, foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida”, revelou.


