Fernanda Lima relembrou o processo de autoconhecimento que viveu ainda jovem, quando atuava como modelo, e revelou como a espiritualidade foi essencial para não se deslumbrar com a fama. Em entrevista ao podcast Entremundos, a apresentadora contou que se envolveu com práticas como ioga e meditação, além de ter feito um retiro espiritual na Índia que transformou sua percepção de vida.
“Eu tinha um ego super inflado, por ser alguém conhecida, prestigiada, por meu sucesso profissional”, relatou. Apesar do prestígio, Fernanda afirmou que também era alvo de muitos julgamentos, o que exigia equilíbrio emocional. “Tem que ter muita cabeça, muita sabedoria. Porque para você acreditar nesse mundo de fantasia, basta dizerem. Quando você vê, você acredita. Por isso, quando vem uma crítica, você não aguenta”, explicou.
Durante a conversa, ela reforçou que, desde cedo, sabia que não queria se perder no mundo da fama. “Não adianta acreditar nessa fantasia. Mas é difícil. Tem as pessoas em volta, as roupas, as fantasias que a gente veste. Quando você sai dali, as pessoas te veem e vem uma série de frustrações. Por sorte, consegui rapidamente encontrar meu eixo”, declarou.
Fernanda Lima também refletiu sobre como foi criada e os impactos disso em sua personalidade. “Fui criada para ser uma mulher que não ia depender de nada, de ninguém. Foi ótimo, mas fui me brutalizando, me tornando muito masculina, esquecendo meu lado feminino. Eu fui me perdendo do que eu tinha de mais sutil”, afirmou.
A apresentadora contou que sua maior epifania aconteceu durante um retiro em que era proibido falar. “O que experimentei de mais concreto foi a sensação de que aqui e agora é onde quero estar. Todo mundo tem algum nível de ansiedade, eu tenho bastante. Minha cabeça é muito traiçoeira comigo. E nessa meditação, tive essa sensação de olhar e pensar: isso aqui é o tal do aqui e agora. É a felicidade. Essa total felicidade”, concluiu.
