A Record não pretende retomar a produção de novelas inéditas. Mesmo com críticas internas sobre o esgotamento do atual modelo, a emissora seguirá investindo em séries e minisséries bíblicas. Na produtora Seriella, braço responsável pela dramaturgia, há respaldo para esse modelo, embora parte da equipe defenda mudanças. A avaliação é que o público já dá sinais de cansaço diante da repetição temática.
Apesar disso, a direção da emissora ligada à Igreja Universal não cogita alterações imediatas. Segundo informações da coluna Flávio Ricco, do portal Leo Dias, um dos caminhos discutidos nos bastidores seria o rodízio de formatos, alternando estilos e temáticas, mas a proposta não foi adiante. O sucesso da turca Força de Mulher (2017), que anotou bons índices de audiência no país, mostrou a viabilidade de explorar opções internacionais.
Netflix revela que maioria do público prefere animes dublados
Rebeca Abravanel repete roupa de Patricia Abravanel em programa do SBT
A atração estrangeira impulsionou o desempenho da Record em São Paulo e outras regiões, mantendo a vice-liderança de audiência em faixas importantes. Ainda assim, as informações de bastidor indicam que os executivos da emissora paulista seguem firmes na estratégia de ampliar a linha de produções religiosas, com novos títulos já em desenvolvimento. Alguns estão disponíveis no Univer Vídeo, serviço de streaming da Igreja Universal.
Atualmente, estão em fase de pré-produção séries bíblicas como Amor em Ruínas, escrita por Cristiane Cardoso. Além disso, há finalizada a trama Até Onde Ele Vai, já disponível na plataforma Univer Vídeo, e O Senhor e a Serva, A Vida de Jó e Ben-Hur. Essas obras seguem o padrão de conteúdo alinhado aos interesses da instituição religiosa. Por ora, não há qualquer indicativo de mudança nesse planejamento da área de dramaturgia da emissora.


