A influencer trans Suellen Carey acredita que teve o visto negado pelo governo dos Estados Unidos por conta das fotos sensuais publicadas em seus perfis nas redes sociais. Desde 2025, uma diretriz oficial exige que os solicitantes mantenham as contas abertas durante o processo, permitindo que autoridades consulares avaliem o comportamento digital de cada candidato antes de autorizar a entrada no país.
Suellen Carey relata que se preparou com antecedência para a entrevista consular e seguiu todas as orientações recomendadas pelo agente responsável. Entre as exigências, estava a de manter os perfis públicos até a conclusão do processo. Durante a conversa com o representante do consulado, ela foi questionada sobre o uso do sobrenome “Carey” em suas redes. “Expliquei que era uma homenagem à Mariah Carey, porque faço cover dela e me apresento em casas LGBTQIA+”, afirmou.
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A negativa do visto foi entregue sem justificativa formal. No entanto, Suellen Carey acredita que o conteúdo visual de suas postagens pode ter influenciado a decisão. Nas imagens publicadas, ela aparece com figurinos justos, decotes, maquiagem marcante e penteados que remetem ao estilo performático da cantora americana. Em um dos registros mais recentes, a influencer posa em uma avenida de Londres com um look transparente e casaco de pele, em referência ao visual de Mariah nos anos 2000.
A publicação foi feita nos Stories, junto com um relato sobre o episódio. “Se viram minhas redes, acharam que eu era demais para turismo”, comentou. Suellen Carey costuma adotar um estilo artístico inspirado na diva pop, com vídeos de apresentações e participações em eventos temáticos. Ela ressalta que o trabalho é voltado para o entretenimento e nega qualquer tipo de infração. “É uma persona artística, não uma ameaça. Meu trabalho é visual, performático, mas dentro da legalidade”, destacou.
Mesmo frustrada, a influencer pretende tentar novamente. Para ela, o episódio foi apenas um contratempo. “Vou esperar alguns meses e tentar aplicar novamente o visto”, afirmou. A legislação americana atual prevê que os perfis sociais sejam verificados como parte da triagem de segurança em solicitações de vistos de turismo, estudo e negócios.
