ANNA TORV

Atriz de The Newsreader diz que redes sociais dificultam acesso à informação

Artista viveu âncora de jornal por três temporadas em drama australiano e afirma que redes entregam conteúdo enviesado

Anna Torv
Anna Torv encerra The Newsreader e fala sobre redes sociais (foto: Reprodução/Internet)

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Anna Torv se despediu da protagonista Helen Norville na terceira e última temporada de The Newsreader, série australiana da Universal+ disponível no Brasil pela Amazon Prime Video. No drama ambientado em 1986, a atriz interpreta a âncora de um telejornal tradicional em Melbourne. O encerramento da série marca o fim de um ciclo iniciado ainda em plena pandemia, quando a produção começou a ser filmada em 2020.

Na época, a atriz reconheceu o retorno da relevância dos telejornais na vida cotidiana. “Quando cresci, nos anos 1980, só tinha quatro canais de TV na Austrália e as famílias se reuniam toda noite para assistir aos jornais. Durante a COVID, foi a primeira vez desde então que vi isso acontecer: todo mundo ficar colado na TV para se informar”, relatou.

“Percebi o que um âncora de jornal representa. Isso impactou na forma como interpreto a Helen”, disse em entrevista para a Folha de S.Paulo. Anna Torv destacou que os âncoras de jornal são vistos como referências de estabilidade, inteligência e empatia, algo que buscou imprimir na personagem.

A artista relatou que estudou com jornalistas veteranos para compor Helen. “Nós olhamos para os jornalistas em busca de segurança, conforto e informação. Queremos que eles sejam melhores que nós. Queremos que eles sejam mais inteligentes que nós e, ao mesmo tempo, apresentem as coisas de um jeito palpável”, pontuou.

Longe das redes sociais, a atriz de The Newsreader afirmou que sua ausência nas plataformas digitais não se trata de um protesto, mas de falta de interesse. “Nunca fui muito tecnológica, ainda telefono para os meus amigos. Mas hoje isso se tornou quase que um posicionamento, tipo eu ser contra as redes sociais. Mas eu apenas não tenho, nunca tive”, comentou. Ela também disse que continua se informando da maneira tradicional: lendo jornais impressos.

“Acho que cabe a nós como indivíduos nos certificarmos de que estamos lendo notícias imparciais. E o único jeito de fazer isso é não ler só o que cai aos nossos pés. Me certifico de ver pelo menos as capas de três jornais diferentes todos os dias. É fascinante ver o que está em cada uma, ver os diferentes pontos de vista e assim obter algo mais próximo da verdade”, afirmou.

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