Com 32 anos de trajetória na Record, Christina Lemos vive uma nova fase na carreira como colunista de política e economia do Jornal da Record. A jornalista contou que sua entrada na televisão aconteceu de forma totalmente inesperada — e sem nunca ter planejado trabalhar diante das câmeras.
“Eu queria ser escritora, na verdade. Eu tinha muito talento para escrever e gostava de escrever desde sempre, desde garota. Então, eu achava que era mais fácil virar escritora se um dia eu fosse jornalista. E aí, por isso, fui parar no jornalismo. E, de fato, é a profissão que mais exige essa habilidade. Para você ser jornalista, escrever tem que ser uma coisa absolutamente natural, espontânea e sem qualquer esforço”, disse.
Formada inicialmente em Letras e apaixonada por literatura, Christina Lemos morou na Alemanha em um núcleo de jornalistas investigativos, experiência que a motivou a seguir na área. No entanto, sempre imaginou que atuaria apenas na imprensa escrita. A virada aconteceu quando recebeu um telefonema de um amigo pedindo para que o substituísse em uma reportagem de TV.
“Eu disse: ‘Você ficou maluco? Eu não tenho a menor ideia de como é que se faz uma matéria de televisão. Eu nunca fiz. Ideia eu tenho, mas nunca fiz uma matéria de televisão’. Ele falou: ‘Não, é muito fácil. Olha, é assim’. Aí, por telefone, ele me disse como é que se fazia uma reportagem de TV”, contou a jornalista.
O resultado surpreendeu. “Quando eu entreguei a matéria, o editor, que depois se tornou um grande amigo, rodava a fita de um lado para o outro, olhava para mim. Ele sentava e olhava para mim, rodava a fita e olhava para mim. Aí, ele disse: ‘É a primeira vez que você faz uma matéria de televisão? Eu falei, ‘é’. Ele disse: ‘Não, porque está muito bom’. E eu fui contratada imediatamente e comecei a fazer TV sem nunca ter planejado e almejado”, detalhou em conversa com a Record.
Christina Lemos lembra que, nos anos 1990, a televisão era um espaço restrito, com poucos profissionais e sem concorrência da internet. “Era um Olimpo, onde havia seis pessoas. E eram seis emissoras de TV, seis microfones e seis pessoas. Não havia internet, havia rádio, TV e jornal. E o número de jornalistas era muito restrito. Depois isso se multiplicou, se quintuplicou e virou uma coisa enorme”, pontuou.


