André Lima assumiu um de seus papéis mais complexos na televisão ao interpretar o vilão Eleazar em Paulo, o Apóstolo, da Record. O ator destacou que até então estava acostumado a viver personagens mais positivos e viu no novo trabalho a chance de mostrar uma faceta diferente de sua atuação.
“Não costumo fazer vilão, adorei quando fiquei sabendo que eu faria o Eleazar porque com certeza posso mostrar um lado meu de atuação que as pessoas não estão tão acostumadas”, afirmou. O artista pontuou que o impacto no público é inevitável. “Tanto ser amado quanto odiado significa que eu consegui ‘tocar’ essas pessoas de formas diferentes, e esse é o trabalho do ator. Mas eu acho que vocês não iriam me amar, não”, brincou.
Na preparação para o papel, o artista da Record se aprofundou nas motivações do personagem e em sua relação com o pai, o sumo sacerdote Ananias, vivido por Ricardo Duque. “Sempre quando se faz uma construção de personagem, o ator se faz algumas perguntas em relação a ele, como: ‘Como surgiu esse olhar?’, ‘Qual é a relação dele com o pai?’, ‘O que esse personagem passou na vida?’”, explicou.
A parceria com Ricardo Duque foi essencial para consolidar a força dramática da trama. “Ele é um exemplo de profissional. Muito do Eleazar foi espelho do que o Duque construiu para o Ananias. É um prazer gravar e aprender com um cara desses no set”, elogiou. Segundo André, novelas bíblicas exigem concentração redobrada. “Acho bem mais complexo de fazer, até na hora que damos o texto, temos que ter um cuidado maior porque muita coisa é trecho da Bíblia que não pode ser alterado”, ressaltou em conversa com o Notícias da TV.
Entre os momentos mais marcantes, o ator da Record citou a gravação da reta final de seu personagem. “A última mesmo [que participei] levou cinco horas para ser feita por causa da riqueza de detalhes e da quantidade de atores e figurantes envolvidos. Muitos efeitos, muita caracterização, até dublê eu tive. Cheguei em casa destruído naquela madrugada”, relembrou.


