Rebeca Andrade, maior medalhista olímpica do Brasil, revelou que pretende encerrar a carreira na ginástica artística após a Olimpíada de Los Angeles, em 2028. Em entrevista ao programa CBN Esportes, a atleta explicou que já havia cogitado parar depois dos Jogos de Paris, em 2024, mas decidiu estender a trajetória por mais um ciclo.
“No máximo até 2028, depois da Olimpíada de Los Angeles. Eu ia parar agora em Paris. Não dá pra ir mais longe não. O ‘pózinho de pirlimpimpim’ vai acabar em 2028”, afirmou. A decisão, segundo ela, está ligada ao esforço físico da carreira. Em 20 anos dedicados ao esporte, Rebeca Andrade passou por oito cirurgias, sendo cinco apenas no joelho direito.
A ginasta destacou ainda que prioriza a saúde mental e faz acompanhamento psicológico desde os 13 anos. “Quando eu era mais nova, se eu não fazia uma boa competição, achava que o mundo tinha acabado. Hoje, eu consigo separar expectativa do público da minha obrigação comigo mesma (…). Foram 20 anos de carreira, suportando 14 vezes o meu peso nos movimentos. É muito impacto. Preciso entender meus limites para chegar longe”, disse.
Atualmente, Rebeca Andrade vive um período sabático. Ela segue treinando, mas só voltará a competir em 2026, e já anunciou que não se apresentará mais no solo. Na Olimpíada de Paris, a ginasta fez história ao conquistar quatro medalhas — um ouro, duas pratas e um bronze — e se consolidou como a atleta brasileira mais premiada em Jogos Olímpicos. O desempenho ainda a colocou à frente da norte-americana Simone Biles na disputa pelo pódio no solo.


