O influenciador Lohan Ramires, condenado no Brasil a mais de 23 anos de prisão por crimes como tráfico de drogas, associação criminosa, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, foi preso nos Emirados Árabes Unidos. A captura ocorreu em ação conjunta do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), das polícias Civil, Militar e Federal e da Interpol. O homem, natural de Uberlândia, era considerado um dos principais alvos de operações conduzidas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Lohan Ramires foi investigado nas operações Diamante de Vidro, Má Influência e Erínias, que apuraram desde movimentações ilícitas de capitais até um suposto esquema para assassinar autoridades de segurança pública em Uberlândia. Segundo o MPMG, a prisão foi possível após a inclusão de seu nome na difusão vermelha da Interpol. “Ele ostentava uma vida de luxo no exterior”, informou o órgão.
O influenciador, que acumulava mais de meio milhão de seguidores, usava as redes sociais para promover a venda ilegal de anabolizantes e praticava lavagem de dinheiro por meio da compra de veículos de luxo, joias e ocultação de valores em espécie. Em Uberlândia, ele ainda responde a outros processos pendentes de decisão judicial.
Em nota, a defesa de Lohan Ramires afirmou que ele “não estava foragido” e que a mudança para os Emirados ocorreu devido a uma proposta de trabalho. O advogado disse ainda que o influenciador foi solto após pagamento de fiança inferior a R$ 3 mil. A CNN Brasil informou que entrou em contato com a Justiça mineira para confirmar a informação, mas não houve retorno até o momento.
