Caio Blat se posicionou contra o excesso de remakes nas produções televisivas. Em entrevista à rádio Itatiaia, o ator afirmou que tem “preguiça” das releituras e destacou que muitas novelas históricas marcaram época justamente por refletirem o contexto original em que foram exibidas. O artista também comentou a nova fase da carreira como diretor e comparou os modelos de produção para TV aberta e streaming.
“Olha, pessoalmente, tenho preguiça de remakes. Acho que muitas novelas históricas marcaram épocas exatamente porque pertenciam àquele contexto. Está havendo um abuso de remakes”, afirmou o ator. Segundo ele, as emissoras buscam atrair o público fiel das obras originais. “Acho que tem que ter muita coisa nova, a dramaturgia tem vários caminhos, portas abertas, bastante fôlego”, pontuou.
Além de Caio Blat, atrizes como Vera Fischer e Beth Goulart já haviam se mostrado críticas aos remakes. O ator, que viveu o vilão Benjamin em Beleza Fatal, explicou que sente maior empolgação com projetos inéditos. “Estou com uma certa preguiça dos remakes”, repetiu. Para ele, a dramaturgia deve investir em ideias novas e explorar outras possibilidades criativas.
Durante a conversa, Caio Blat também relembrou desafios marcantes de sua trajetória. “Minha carreira tem muitas fases. Comecei ainda criança, com 10 anos, era um desafio enorme, tinha testes, às vezes, com 600 crianças concorrendo por um personagem”, contou. O artista mencionou o início na Globo, quando deixou São Paulo para viver no Rio de Janeiro e atuar em uma minissérie.
“Depois, com 18 anos, larguei a minha família, minha cidade, em São Paulo, fui morar no Rio para trabalhar na Globo, para contracenar com a Regina Duarte, na minissérie Chiquinha Gonzaga (1999), foi um desafio gigantesco”, relembrou o ator. O projeto foi um marco na carreira do artista, que passou a integrar o elenco fixo da emissora em diversos trabalhos posteriores.
Caio Blat revelou que, atualmente, vive um novo desafio ao assumir funções de direção. “Hoje, estou enfrentando um novo desafio, que é dirigir. Fui um dos diretores de Beleza Fatal. Estou dirigindo uma peça que está em cartaz em Belo Horizonte, Os Irmãos Karamazov. Então, esse é um desafio enorme também de assumir a liderança de um elenco, assumir a direção”, disse.
O ator também comentou a experiência de gravar Beleza Fatal para o streaming. “A experiência de gravar Beleza Fatal para o streaming foi totalmente diferente do que a gente estava acostumado fazendo novela na TV aberta há mais de 20 anos. É um luxo você ter apenas 40 episódios”, afirmou.


