DENÚNCIA

Influenciadora expõe rede de extorsão a acompanhantes brasileiras no Reino Unido

Vídeos da brasileira chegaram à polícia britânica e seu trabalho foi reconhecido pelo NHS, o serviço de saúde pública do país europeu

Suellen Carey com brincos pretos e unhas vermelhas posa com as mãos no rosto em ensaio fotográfico
Suellen Carey ajudou a polícia britânica com denúncias contra rede de extorsão a brasileiras no Reino Unido (foto: Divulgação)

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A influenciadora Suellen Carey transformou suas redes sociais em uma plataforma de denúncia contra uma rede de assaltos e extorsões que vitimava garotas de programa brasileiras no Reino Unido. O que começou como um pedido de ajuda em vídeo se tornou um movimento que chegou à polícia britânica e rendeu à brasileira o reconhecimento do NHS, o sistema de saúde pública do país.

A mobilização começou após um episódio de violência ocorrido em fevereiro de 2024. “Eu cuidei de uma moça que pulou do apartamento quando os ladrões chegaram. Eu nem a conhecia, mas ela estava em uma situação grave. Ela ficou dois meses comigo. Tudo começou ali”, explicou Suellen Carey sobre o caso que a motivou a produzir o primeiro vídeo.

A partir da repercussão inicial, outras mulheres em situação de vulnerabilidade passaram a procurar a influenciadora. “Depois desse vídeo, as meninas começaram a me procurar. Passei a gravar depoimentos e encaminhar às autoridades. Foi assim que começou”, contou ela sobre o método que desenvolveu para dar visibilidade aos crimes e pressionar por uma investigação.

Denúncias chegam à polícia britânica

As denúncias de Suellen Carey chegaram à Metropolitan Police, a força policial de Londres, que passou a interagir com a influenciadora para obter mais informações. Em mensagens, os agentes pediram urgência no contato para auxiliar as vítimas: “Nós entendemos e gostaríamos de ajudar com urgência. Por favor, entre em contato o quanto antes”, dizia uma mensagem do perfil oficial da corporação.

Em 2025, o trabalho da brasileira foi oficialmente reconhecido pelo Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS). A instituição mencionou os vídeos em que ela “expôs atividades criminosas contra profissionais do sexo em Londres”, elogiando o uso de suas plataformas digitais para conscientizar sobre segurança e direitos dessas trabalhadoras.

Apesar da proporção que seu trabalho alcançou, Suellen Carey afirma que o movimento começou de forma espontânea. “Eu não achei que isso fosse tomar essa proporção. Começou como um pedido de ajuda, e virou algo muito maior”, disse. Atualmente, ela continua colaborando com as autoridades locais para ampliar a proteção a imigrantes brasileiras no país.

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