Bianca Castanho, há dez anos vivendo nos Estados Unidos, tem revivido boas lembranças com a reprise de Terra Nostra (1999), atualmente em exibição pela Globo. A produção marcou sua estreia na teledramaturgia e deixou memórias afetivas que ela faz questão de compartilhar com a filha, Cecília, fruto de seu casamento de 15 anos com o administrador Henry Canfield.
“Posso dizer que comecei com o pé direito. É uma delícia, bate uma nostalgia daquela época, do começo de carreira. Além disso, adoro mostrar para a minha filha o que fiz na televisão brasileira”, contou Bianca Castanho. A atriz chegou ao Rio de Janeiro um ano antes da estreia de Terra Nostra para estudar na Oficina de Atores da Globo.
Sua personagem, Florinda, entrou na história a partir do capítulo 139. “A novela já era um grande sucesso e teve um peso, uma responsabilidade, uma emoção, por eu estar contracenando com tanta gente que admirava. Eu era muito fã do Raul Cortez (1932–2006), fui fazer uma cena com ele, curta, mas eu estava muito nervosa, ele percebeu e me deixou muito à vontade. Disse para me acalmar e criamos uma relação bacana. Logo depois, ele me chamou para fazer Rei Lear no teatro com ele. Fui abençoada”, relembrou em conversa com O Globo.
Mesmo longe das câmeras, Bianca Castanho afirma que nunca abandonou a carreira artística, apenas mudou o foco profissional. “Nunca abandonei a carreira, o que aconteceu foi uma mudança no contexto. Vim com vontade de trabalhar, só não sabia em quê. Estamos bem adaptados aqui, só mudei de área”, disse.
A atriz trabalha com dublagem e se sente realizada, embora confesse sentir falta de atuar. “Se pintasse uma participação, um filme, daria para fazer. Embora a dublagem permita viver vários personagens, sinto saudade de atuar”, declarou. A artista sinalizou que não pensa em carreira internacional. “Acabei ficando com medo por não ser fluente na língua”, relatou.


