Débora Bloch, intérprete de Odete Roitman no remake de Vale Tudo, revelou bastidores da produção da Globo e opinou sobre o destino de sua personagem. Em entrevista ao Conversa com Bial, a atriz disse que acredita que Odete deveria ter sido presa e julgada, e não assassinada, como determina a trama original.
“Odete deveria ser julgada, condenada e punida. E sem PEC da Blindagem. E sem anistia. Porém, na novela, nosso melodrama, eu acho que precisa da catarse de assassinar o vilão”, afirmou Débora Bloch. A morte da personagem foi exibida na segunda-feira (6) e bateu recorde de audiência no Globoplay, com mais de 5 milhões de dispositivos conectados ao sinal ao vivo da emissora.
Durante o programa, a atriz também comentou sobre uma das principais reviravoltas da nova versão: a revelação de que Leonardo (Guilherme Magon), irmão de Heleninha (Paolla Oliveira), estava vivo. Diferente da versão original, o personagem sobreviveu ao acidente de carro que teria tirado sua vida na primeira fase da história.
Débora Bloch relatou que foi chamada com urgência para uma reunião secreta nos estúdios da Globo. “Um dia eu estou saindo dos estúdios e vem no corredor, na minha direção, Paulo Silvestrini (diretor) e Luciana (Monteiro), nossa produtora: ‘Débora, precisamos fazer uma reunião com você’”, contou.
A atriz achou que havia ocorrido um problema nas gravações, mas foi surpreendida com a revelação de que Leonardo estava vivo. “Entramos no camarim, fechamos as portas, ninguém podia ouvir, e eles me contaram essa nova trama de Leonardo. E só eu ia receber o texto. Nem alguns diretores que me dirigiram tinham recebido o texto. Então foi uma loucura”, detalhou.
A exclusividade da informação obrigou Débora Bloch a esconder o segredo de todos, até mesmo da colega Malu Galli, que interpreta Tia Celina. “A Malu ficava gravando as nossas cenas e perguntava: ‘O que está acontecendo que não vêm os textos? Você sabe?’. Eu dizia: ‘Também não sei o que foi’”, relembrou. A atriz confirmou que teve de mentir para preservar o segredo. “Eu não podia contar, porque eles me fizeram jurar de pé junto, que eu não ia falar para ninguém, só eu que ia saber”, concluiu.


