AUGE HISTÓRICO

Premiere bate recorde de assinantes com preço popular e impulsionado pelo Globoplay

Serviço de pay-per-view da Globo atinge a marca de 2,7 milhões de clientes com redução de 45% nos preços praticados nos últimos anos

Manuel Belmar, executivo da Globo, sorri enquanto fala em um microfone com o logo do evento Rio2C durante palestra no palco
Manuel Belmar, diretor de Produtos Digitais da Globo; Premiere bate recorde de assinantes com preço mais popular (foto: Globo/Manoella Mello)

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O Premiere, serviço de pay-per-view de futebol da Globo, atingiu seu recorde de assinantes desde sua criação, na década de 1990. O crescimento é atribuído à popularização do preço e à venda conjunta com o Globoplay. No último trimestre, o canal alcançou a marca de 2,7 milhões de clientes, transmitindo jogos do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil.

As informações são da coluna Outro Canal, do jornal Folha de S.Paulo. Segundo a publicação, a redução de preço foi um fator determinante para o aumento da base de assinantes. No Globoplay, o plano mensal custa R$ 59,90, mas o valor cai para R$ 29,90 por mês na assinatura anual. Até 2018, o pacote na TV paga custava cerca de R$ 110, uma queda de 45%.

A venda direta ao consumidor, sem a intermediação das operadoras de TV por assinatura, permitiu a oferta de valores mais competitivos. Apesar do sucesso em assinaturas, a pirataria impede que o serviço se torne mais lucrativo para a Globo e para os clubes de futebol, que recebem uma parte da arrecadação. A receita projetada é de R$ 750 milhões.

Qual o impacto da pirataria no Premiere?

O consumo ilegal de conteúdo esportivo representa um grande desafio para a sustentabilidade do negócio. Segundo Manuel Belmar, diretor de produtos digitais da Globo, de cada cinco pessoas que assistem a uma partida pelo Premiere, quatro não pagam pelo serviço. Estima-se que a empresa perca aproximadamente R$ 500 milhões por ano com a pirataria.

Se não fossem as transmissões clandestinas, a arrecadação do canal poderia superar a marca de R$ 1 bilhão. Atualmente, a Globo não registra lucro com o serviço, mas a receita gerada é suficiente para cobrir os custos dos direitos de transmissão do Brasileirão. Os clubes, por sua vez, recebem um valor proporcional ao número de torcedores assinantes.

“A gente vive uma situação endêmica no Brasil em relação à pirataria”, afirmou Belmar em entrevista à Folha de S.Paulo em abril. “Nossa capacidade de oferecer preço cada vez mais baixo tem um limite. Eu não tenho condição, com o preço dos direitos esportivos, de oferecer isso sem cobrar nada. É impossível”, concluiu o executivo da Globo.

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