Em mais uma edição da Brasil Game Show, a Nintendo reforçou sua presença no mercado brasileiro, mas também reconheceu os desafios enfrentados no país. Bill van Zyll, diretor da marca na América Latina, comentou os altos preços dos produtos da empresa, justificados por fatores como impostos, distribuição e carga tributária complexa.
“O Brasil é um dos países mais caros por conta dos diferentes custos: de distribuição, taxas e impostos que são incrivelmente complexos. Há uma série de desafios e várias coisas que não conseguimos controlar”, afirmou van Zyll em conversa com o Omelete. Segundo ele, a empresa tem atuado para otimizar a cadeia de distribuição e facilitar o acesso aos produtos nas lojas.
Apesar do cenário adverso, o executivo comemorou o desempenho do Switch 2, recém-lançado no país. Mesmo com preços considerados altos por parte do público, o console teve procura elevada e estoques esgotados em diversas regiões. “Não tínhamos muita certeza do que esperar, já que fizemos o lançamento simultâneo, mas estávamos muito animados”, explicou.
Van Zyll também comentou a percepção de valor dos jogos da empresa. “Ainda é um ótimo negócio, né? Mas não estou tentando desviar do problema ou minimizá-lo. É muito dinheiro”, ponderou, ao destacar a quantidade de horas de diversão oferecida pelos títulos da Nintendo.
Nos últimos anos, a empresa tem ampliado sua atuação no país com jogos localizados em português brasileiro, presença em eventos e campanhas para atingir novos consumidores. No entanto, segundo o executivo, ainda há um longo caminho para alcançar o público além dos fãs mais fiéis. “Ainda há muitas pessoas que não sabem sobre os consoles Nintendo Switch e seus jogos. No Brasil, muitas pessoas conhecem Mario, conhecem a Nintendo, e sabemos isso, pois quando o filme foi lançado, o Brasil foi o nono país mundialmente em termos de receita”, afirmou. O próximo filme estreia em 3 de abril, e a empresa espera repetir o bom desempenho da produção anterior.


