Comentarista da ESPN, Deivis Chiodini completou recentemente três anos como integrante fixo das transmissões da NFL no canal esportivo. Ex-treinador de futebol americano, ele se consolidou como uma das vozes mais reconhecidas da modalidade na televisão brasileira e relembrou sua trajetória até a emissora. “Quando eu morrer, jogue minhas cinzas na sideline, não existe lugar melhor no mundo”, resumiu, ao falar da relação com o esporte.
O comentarista destacou que o desejo de atuar na comunicação surgiu ainda na adolescência. “Sempre gostei de me comunicar e, quando adolescente, pensava em ser jornalista esportivo. Por motivos diversos, a vida me levou para outros caminhos, mas o advento da internet abriu as portas para que eu pudesse opinar, criando conteúdo”, contou ele, que começou escrevendo em blogs e participando de podcasts.
Ele iniciou sua atuação digital em 2013 no Mile High Brasil, site especializado no Denver Broncos. O trabalho chamou atenção e o levou a colaborar com outros nomes do cenário, como Pedro Pinto. A partir da identificação com temas como o Draft da NFL, Chiodini passou a ser convidado para comentar análises técnicas e táticas até ser contratado pela ESPN.
Sobre a responsabilidade de falar com públicos diferentes, ele avaliou o papel da emissora na formação de novos fãs. “A popularização é enorme e os canais ESPN tem muito mérito nisso. Foram anos com um canal todo voltado para a NFL o domingo inteiro. Vamos conseguindo atrair público mais jovem, formando base: hoje você tem pessoas que começaram 15 anos atrás vendo com seus filhos”, destacou ao Lance!.
Apesar do crescimento, ele reconhece as limitações para a prática do esporte no país. “O esporte tem suas dificuldades naturais. Para praticar, por exemplo: você precisa de um campo específico, muita gente e equipamentos caros. Até por isso, o flag football vem como boa alternativa”, afirmou. “É um processo gradual que precisa ser mantido, de forma constante, mas que exige paciência”, relatou.


