O jornalista esportivo André Rizek e a Editora Abril finalizaram um processo trabalhista movido pelo apresentador do SporTV. As partes fecharam um acordo amigável para encerrar a disputa. Rizek processava a antiga empregadora para ser reembolsado integralmente por uma dívida de R$ 1 milhão. Ele arcou sozinho com indenizações de ex-jogadores por uma reportagem publicada na revista Placar em 2001.
A informação sobre o fim da briga judicial foi divulgada pelo portal Jota na quarta-feira (22). A editora pagará R$ 250 mil ao jornalista. Do R$ 1 milhão original que André Rizek pagou, a Abril havia devolvido apenas R$ 620 mil. Esse valor correspondia a dois processos e seguia o plano de recuperação judicial da empresa, que previa reembolso parcial a funcionários em ações indenizatórias.
O jornalista buscava a diferença do valor na Justiça. Em fevereiro de 2025, a 12ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT2) condenou a Abril a indenizar Rizek em cerca de R$ 401 mil por danos materiais. Na mesma decisão, os desembargadores anularam uma condenação anterior de R$ 70 mil por danos morais, que havia sido imposta à editora em primeira instância.
Apesar da vitória no TRT2, havia incertezas sobre o recebimento do valor. Existia o risco de o crédito ser tratado como concursal na recuperação judicial da Abril. Ao Jota, o advogado Maurício de Sousa Pessoa, que representa André Rizek, explicou a longa tramitação. “Não estava definido se Rizek iria receber, quanto receberia, quando receberia e de quem”, disse Pessoa, justificando a decisão de aceitar o pacto.
O acordo foi firmado em 22 de setembro de 2025. O jornalista receberá o montante total em quatro parcelas de R$ 62,5 mil cada. O pacto encerra de forma definitiva todas as reivindicações do processo trabalhista. O apresentador da Globo também renunciou ao direito de contestar a decisão da Justiça Comum sobre a natureza concursal do crédito.
A disputa judicial teve origem na reportagem A História dos Aspirantes, publicada na Placar em 2001. André Rizek e a Editora Abril foram processados por jovens jogadores citados na matéria. O texto abordava uma investigação policial sobre o tráfico de drogas nas categorias de base de clubes de futebol brasileiros.
