Anitta afirmou que optou por desacelerar a carreira após refletir sobre os sacrifícios que o sucesso internacional exigiria. Em entrevista para a revista americana Travel + Leisure, a cantora destacou a importância de passar mais tempo com a família no Brasil e disse que uma vida voltada ao exterior “custaria muito caro” em termos pessoais.
A conversa com a publicação foi motivada pela escolha do Brasil como “Destino do Ano”. “O Brasil é um país de energia e diversidade incríveis e é a escolha perfeita”, disse Jacqui Gifford, editora-chefe da revista em material enviado para a CNN Brasil. Anitta contou que a decisão de desacelerar veio após um momento delicado de saúde no fim de 2022.
“Pensei: ‘Se eu morrer hoje, não terei feito nada que realmente importe para mim, como passar tempo de qualidade com minha família…’ Meu pai teve câncer e comecei a pensar nos 14 anos em que estive longe dele. Estava desesperada. Algo tinha que mudar. Porque o que eu tinha feito? Apenas trabalhado. E foi bom que eu tenha feito isso. Trabalhar me trouxe tudo o que tenho hoje e sou muito grata aos meus fãs”, disse.
A cantora afirmou que a rotina mais tranquila tem permitido aproveitar momentos simples, como brincar com o sobrinho e relaxar com amigos. “Hoje, brinquei com meu sobrinho. Fizemos um forte. Fiz um foguete para ele. Acho que, no fim das contas, quando estamos doentes ou quando alguém está morrendo, são essas as coisas de que nos lembramos. Não do trabalho”, refletiu.
Anitta também falou sobre o contraste entre a convivência no Brasil e no exterior. Segundo ela, o estilo de vida brasileiro tem mais calor humano. “O Brasil é um país onde as pessoas sabem como estar juntas. Quando estamos com a família, passamos tempo juntos de uma forma que é calorosa, verdadeira e profunda. E isso também se aplica aos amigos”, contou.
Ela ressaltou ainda que o processo de desaceleração não significa parar de trabalhar. “Sempre achei que as grandes ideias surgem nos momentos em que desaceleramos, quando conseguimos respirar fundo e dedicar um tempo a nós mesmos. Nada de grandioso se forma com pressa, em modo de sobrevivência ou em momentos de desespero”, concluiu.


