Conhecido por seus papéis de galã nas novelas dos anos 2000, Marcos Pasquim vive uma nova fase na dramaturgia com o personagem Ricardo, um advogado corrupto na novela Dona de Mim, exibida pela Globo. O ator interpreta um coadjuvante fora de sua zona de conforto, em um papel que exige domínio técnico e distanciamento do estilo que o consagrou no passado.
“Novelas, filmes e séries com advogados sempre me davam medo, pois são textos complexos. Existe uma embocadura diferente, mas tem sido ótimo”, contou. Ele interpreta um homem que age fora da lei e manipula brechas jurídicas. “O Ricardo é um capanga, e fica difícil defender as atitudes desse cara”, disse Marcos Pasquim.
Longe dos papéis principais que marcaram sua trajetória em novelas como Uga Uga (2000) e Kubanacan (2003), Marcos Pasquim vê com naturalidade a mudança no mercado. “Vemos hoje em dia jovens nos papéis de protagonistas e acho que seria legal o audiovisual olhar com mais atenção aos protagonistas de 40+. Não sei se essa escolha tem a ver com a busca de uma audiência mais nova. Dá para aprofundar histórias com personagens mais velhos”, argumentou para a Folha de S.Paulo.
O ator também refletiu sobre o estereótipo de símbolo sexual que acompanhou sua carreira. “Não me considero vaidoso, mas procuro cuidar da saúde e me preocupo com a qualidade da minha velhice. Tenho passado por momento complicados com minha mãe e meu pai. Na época deles, não havia muita informação como hoje. Óbvio que esse cuidado vai esbarrar na minha aparência, no meu corpo, mas isso não é o mais importante”, contou.


