Morgan Freeman, que está no elenco de Truque de Mestre – O 3º Ato, demonstrou insatisfação com o uso de inteligência artificial na indústria do entretenimento e declarou que não autoriza a reprodução digital de sua voz. Em entrevista ao jornal The Guardian, o ator afirmou que se opõe à utilização de sua imagem e recursos vocais por aplicativos ou empresas de tecnologia. Ele considera esse tipo de prática uma violação de seus direitos profissionais.
“Estou um pouco irritado [com isso], sabe?”, declarou. “Sou como qualquer outro ator: não me imitem com falsidade. Não gosto disso, [porque] sou pago para fazer esse tipo de coisa. Então, se vocês vão fazer isso sem mim, estão me roubando”, desabafou. O veterano revelou que já tomou medidas legais contra empresas e pessoas que tentaram replicar sua voz ou imagem com o uso de IA.
Sem entrar em detalhes, Morgan Freeman indicou que seus representantes legais estão atuando ativamente para proteger seus direitos. “Posso lhe dizer que meus advogados têm estado muito, muito ocupados”, afirmou, deixando claro que não pretende permitir o uso indevido de sua identidade em projetos digitais ou audiovisuais gerados artificialmente.
O ator de Truque de Mestre também comentou sobre o lançamento de Tilly Norwood, considerada a primeira atriz criada inteiramente por inteligência artificial. Para ele, a recepção negativa é um reflexo da rejeição do público à falta de autenticidade. “Ninguém gosta dela porque ela não é real, e isso tira o brilho de uma pessoa real. Então, não vai funcionar muito bem no cinema ou na televisão”, avaliou. “O trabalho do sindicato é manter os atores atuando, portanto, haverá esse conflito”, disse.


