A Globo resgatou mais uma produção clássica em seu projeto de preservação da teledramaturgia. A minissérie Meu Marido, exibida originalmente em 1991, estreou no catálogo do Globoplay nesta segunda-feira (17). A produção chega com o primeiro episódio liberado para não assinantes e coloca em cena uma trama envolta em corrupção, suborno, traição e disputas políticas com forte repercussão familiar e social.
Criada por Euclydes Marinho e Lula Torres, a minissérie é estrelada por Nuno Leal Maia, no papel de Carlos Zanata, um auditor da União conhecido por sua integridade. No entanto, a história toma um rumo dramático quando ele é preso na noite de Natal por porte ilegal de cocaína, após recusar uma propina para arquivar um processo envolvendo uma hidrelétrica. A acusação, armada por interesses corruptos, transforma sua vida em um escândalo público.
Com direção de Walter Lima Jr., em seu primeiro trabalho no gênero na Globo, a produção ainda traz no elenco nomes como Elizabeth Savalla, Imara Reis, Vicente Barcellos, Rafael Salgado e Juliana Sileman. A atriz Elizabeth Savalla interpreta Maria, esposa de Zanata, que contrata a advogada Carmen (Imara Reis) para defender o marido. A situação, no entanto, ganha um novo contorno com o envolvimento amoroso entre Zanata e Carmen.
A traição do protagonista vira manchete nos jornais e transforma Maria em alvo de ataques da opinião pública. Determinada a restaurar sua honra e provar a inocência do marido, ela se une a Bruno (Vicente Barcellos), um jornalista que decide investigar a conspiração por trás da prisão. No entanto, reviravoltas e fatos misteriosos colocam em dúvida a integridade de Zanata e aprofundam os dilemas morais da história.
Originalmente planejada como uma novela com 130 capítulos, Meu Marido foi reestruturada como minissérie na Globo e alcançou projeção internacional. A produção foi vendida para países como Angola, Bolívia, Canadá, Grécia, Portugal, Peru, Chile, Venezuela e República Dominicana. Algumas cenas foram gravadas em um presídio de Niterói, no Rio de Janeiro, com a participação de detentos como figurantes, o que trouxe ainda mais realismo à ambientação da narrativa.
