Mais conhecido por sua trajetória como apresentador, Cesar Filho pode ser visto atualmente em uma função diferente no Globoplay Novelas. Ele integrou o elenco da novela Hipertensão (1986), que está sendo reprisada. Na trama, interpretou Túlio, um personagem que começa como ator mambembe e se torna radialista, caminho semelhante ao do próprio comunicador.
“Na verdade, eu nunca quis ser ator. Durante o período em que fiquei na TV Globo, tive cinco convites para fazer novelas e recusei todos. O primeiro foi do Walter Avancini (1935-2001), depois o Wolf Maya me chamou para fazer a primeira versão de Ti Ti Ti. Em seguida, teve convite do Jayme Monjardim e depois do Herval Rossano (1935-2007), que ficou bravo comigo. Aí o Wolf me chamou para Hipertensão, e aceitei”, contou para O Globo.
Na época, Cesar Filho estava com contrato ativo na Globo, mas sem função após o fim do TV Mulher. “Me sentia mal por receber e não trabalhar. Então, quando o Wolf me chamou, fui me aconselhar com o Boni, e ele falou para eu tentar, para eu me divertir. Mas eu senti naquele momento, enquanto eu fazia, que havia atores apaixonados pela profissão mesmo. Eu amo mais apresentar. Foi muito divertido, gostoso, mas não era a minha praia”, disse.
O jornalista também destacou as amizades feitas nos bastidores como as principais lembranças da época. “Aprendi muito com o Paulo Gracindo (1911-1995). Estava sempre buscando conselhos dele pela experiência de vida. A Heloisa Mafalda (1924-2018) era muito divertida. O Ary Fontoura, com quem eu mantenho contato até hoje também, é uma celebridade do riso”, relembrou.
Ao falar sobre a imagem de galã associada a ele nos anos 1980, Cesar Filho minimizou. “As pessoas falavam, né? É bom, é gostoso. Talvez isso tenha acontecido porque no jornalismo, naquela época, não havia tantas pessoas com as mesmas características físicas. Talvez isso tenha até contribuído para eu receber tantos convites para novelas. Mas não me sinto, nunca me senti assim”, afirmou.


