NOSTALGIA

Band consulta mercado publicitário para viabilizar volta do CQC em 2026

Emissora sonha com temporada inédita do humorístico para cobrir as eleições presidenciais e a Copa do Mundo; novo diretor artístico lidera o projeto

Elenco de apresentadores do CQC da Band em fila, de terno preto, braços cruzados, com fundo de antenas parabólicas
Rafinha Bastos, Danilo Gentili, Marco Luque, Felipe Andreoli, Rafael Cortez, Oscar Filho e Marcelo Tas; Band consulta viabilidade da volta do CQC (foto: Divulgação/Band)

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A Band iniciou uma movimentação nos bastidores para avaliar a viabilidade de trazer o CQC (Custe o Que Custar) de volta à sua grade de programação em 2026. A emissora tem realizado consultas formais ao mercado publicitário para entender se o formato ainda possui apelo comercial suficiente para atrair grandes investidores. O objetivo é aproveitar o calendário do próximo ano, que será marcado por eleições presidenciais e pela realização da Copa do Mundo, para reaquecer o jornalismo humorístico do canal com pautas quentes.

A informação foi divulgada pela coluna Outro Canal, do jornal Folha de S.Paulo. A estratégia da direção da Band é utilizar a força da marca como uma alavanca para recuperar a audiência e a repercussão da linha de shows da faixa das 22h30, que enfrenta um período de baixa. Segundo as primeiras sondagens realizadas junto às agências, a reação inicial foi positiva, relembrando o histórico de sucesso comercial que o programa sempre teve na casa.

A iniciativa de resgatar a atração parte de Guillermo Pendino, novo diretor artístico da Band que assumirá o posto de Rodolfo Schneider nas primeiras semanas de 2026. O executivo aposta na memória afetiva do mercado, visto que, durante sua primeira encarnação, o CQC era um dos produtos mais rentáveis da empresa. As vinhetas e ações de merchandising integradas pelos apresentadores e repórteres eram um diferencial valorizado pelos anunciantes.

Exibido originalmente entre 2008 e 2015, o humorístico teve oito temporadas e somou 339 episódios, baseados no formato argentino Caiga Quien Caiga. O programa foi responsável por projetar nacionalmente nomes que hoje dominam o entretenimento, como Danilo Gentili, Rafinha Bastos, Marco Luque, Rafael Cortez, Monica Iozzi e Oscar Filho. Sob o comando de Marcelo Tas e, posteriormente, Dan Stulbach, a atração misturava cobertura política ácida com entretenimento.

O CQC deixou a grade da Band devido ao desgaste natural da fórmula e à debandada progressiva de seus integrantes originais. Na época, o ambiente de crescente polarização política no Brasil também contribuiu para a queda nos índices de audiência e no faturamento. Agora, a emissora avalia se o cenário atual permite uma nova versão capaz de dialogar com o público e repetir o êxito financeiro do passado.

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