Durante uma conferência com analistas de Wall Street, os co-CEOs da Netflix, Ted Sarandos e Greg Peters, detalharam os motivos por trás da aquisição histórica da Warner Bros. Discovery, anunciada oficialmente no início de dezembro. A operação, avaliada em US$ 72 bilhões, deve ser concluída em 2026, após a aprovação de entidades reguladoras dos Estados Unidos.
Greg Peters justificou a mudança de posição da empresa em relação a aquisições, lembrando que anteriormente a Netflix descartava esse tipo de movimentação. “Historicamente, muitas dessas fusões não deram certo porque quem comprava não entendia o negócio do entretenimento. Nós entendemos esses ativos que estamos comprando”, declarou. O executivo destacou que a plataforma não busca um “salva-vidas”, e sim uma oportunidade de expansão saudável.
Ted Sarandos reforçou que a fusão será positiva para toda a cadeia de produção audiovisual. “Acho que esta é uma boa história, porque este é um negócio saudável e em crescimento que vai ajudar outro negócio a crescer de forma mais saudável”, afirmou. Segundo ele, o acordo criará novas oportunidades para produtores, trabalhadores da indústria e consumidores.
A operação levantou preocupações no setor, com profissionais enviando uma carta ao Congresso dos EUA pedindo uma análise rigorosa por parte das autoridades antitruste. Ted Sarandos minimizou os impactos negativos e declarou que a fusão entre a Netflix e a Warner é “pró-consumidor, pró-inovação, pró-trabalhador, pró-criador e pró-crescimento”. Ele também afirmou que a empresa está confiante na aprovação do negócio pelos órgãos reguladores.
Ainda durante a apresentação, a empresa revelou planos de unificar seu orçamento de conteúdo, atualmente estimado em US$ 16 bilhões anuais, com o da Warner Bros. No entanto, o CFO Spence Neumann indicou que a fusão virá acompanhada de ajustes no volume de produção, buscando mais eficiência nos investimentos em conteúdo ao longo do tempo.


