VAI QUE COLA

SBT usa ‘despedida’ de Galvão Bueno para vender Copa do Mundo mais cara que a Globo

Emissora cobra R$ 626 milhões por cota de patrocínio e garante ao mercado que narrador não voltará atrás na decisão de aposentadoria

Galvão Bueno de terno azul e óculos fala ao microfone e gesticula com a mão em estádio com arquibancadas azuis ao fundo
Galvão Bueno vai narrar a Copa do Mundo de 2026 no SBT; emissora tenta viabilizar patrocinadores (foto: Divulgação/Rafael Arantes)

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O SBT e a N Sports oficializaram o envio do pacote comercial da Copa do Mundo de 2026 ao mercado publicitário nesta semana. O documento destaca que o evento marcará a despedida definitiva de Galvão Bueno das narrações esportivas. As empresas disponibilizaram ao todo seis cotas de patrocínio para as marcas interessadas em associar sua imagem à voz do futebol.

O valor de tabela estipulado para cada espaço comercial alcança a cifra de R$ 626,1 milhões. A soma total das cotas ultrapassaria R$ 3,7 bilhões, valor superior ao cobrado pela Globo. A coluna Outro Canal, da Folha de S.Paulo, informou nesta sexta-feira (12) que as emissoras pretendem conceder descontos significativos para viabilizar os negócios e fechar as parcerias.

A estratégia de venda aposta na comoção pela aposentadoria do locutor. O material de divulgação reforça que Galvão Bueno não voltará atrás na decisão após o fim do torneio. A Globo utilizou o mesmo argumento no Mundial do Catar, em 2022, mas o narrador decidiu continuar na ativa em outras plataformas e assinou posteriormente com a Band.

SBT faz negociações para a Copa do Mundo

O banco Itaú iniciou conversas para patrocinar a transmissão conjunta e marcar seu retorno ao intervalo do SBT. A equipe de cobertura já conta com o ex-jogador Alexandre Pato confirmado como comentarista titular das partidas da seleção. O canal também negocia a contratação de Caio Ribeiro, que atualmente possui vínculo com a Globo, para integrar o time de análise.

A aquisição dos direitos de transmissão custou cerca de US$ 25 milhões aos cofres das parceiras. O montante equivale a R$ 134,5 milhões na cotação atual e garante a exibição de 32 jogos do torneio. A maior parte do investimento foi bancada pelo canal da família Abravanel, que quitou a primeira parcela junto à Fifa no mês de outubro.

O valor investido é consideravelmente menor que o contrato da Globo, que paga cerca de US$ 60 milhões anuais à entidade máxima do futebol. O pacote negociado pelo SBT e N Sports não prevê exclusividade na TV aberta. As duas empresas exibirão as mesmas partidas que a concorrente carioca transmitirá para todo o país entre junho e julho.

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