ESTREIA COMO ATRIZ

Paula Fernandes abre o jogo sobre machismo no sertanejo

Cantora interpretará Maria Cecília, avó da protagonista Agrado, em flashbacks que retratam luta feminina no sertanejo

Duas mulheres posam sorrindo para uma selfie em ambiente externo, com cabelos cacheados soltos e maquiagem leve; ao fundo, vê-se uma área de natureza com rio, pedras e uma pequena queda-d’água, além de parte de uma equipe de gravação desfocada.
Paula Fernandes fará sua estreia como atriz em Coração Acelerado (foto: Reprodução/Internet)

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Paula Fernandes fará sua estreia como atriz na próxima novela das 19h da Globo. Em Coração Acelerado, com estreia marcada para janeiro de 2026, a cantora interpretará Maria Cecília, avó da protagonista Agrado, vivida por Isadora Cruz. A personagem aparecerá em flashbacks e representará a raiz musical da família, além de abordar as dificuldades enfrentadas por mulheres que desejavam cantar no universo sertanejo.

Em conversa com a imprensa, Paula Fernandes definiu a personagem como determinada. “Ela quer muito ser cantora. Enfrenta a família, enfrenta o marido machista. Ela é forte e, ao mesmo tempo, tão doce. Acho que determinação seria a palavra para ela”, afirmou. A trama mostrará o impacto de Maria Cecília na trajetória da neta, que seguirá carreira musical em tempos atuais.

A artista destacou a importância simbólica do papel. “Me sinto privilegiada em fazer parte desse elenco, porque a mulher tem que se mostrar, principalmente nesse gênero sertanejo. Esse movimento do feminejo é muito potente, criativo e capaz”, disse. Paula relacionou sua própria trajetória com a da personagem e afirmou que, no início da carreira, enfrentou estruturas dominadas por homens.

“Eu tive que realmente ser boi de piranha. É um termo que a gente usa porque o sistema sempre foi preparado para homens, para duplas masculinas. Era palco, estrutura, camarim? Tudo voltado para eles”, lembrou a cantora, que se tornou um dos principais nomes do feminejo nos anos 2010 e agora leva essa experiência para a ficção.

Segundo Paula Fernandes, o convite veio com uma observação especial do diretor Carlos Araújo. “Ele disse: ‘A gente quer a doçura, a força e a determinação da Paula’. Foi um presente. Embora eu não esteja fazendo a mim mesma, imaginar que Cecília tem um pouquinho de mim me enche de orgulho”, contou. A personagem lida com o machismo do marido ao tentar cantar em bares e sair à noite, temas ainda presentes na realidade de muitas mulheres.

A atriz e cantora afirma estar vivendo um dos momentos mais especiais da carreira. “Estar no set para conceber essa personagem tem sido incrível. Cecília é forte, é determinada, é genuinamente artista. E, de alguma forma, ela é a raiz da Agrado. Isso me deixa muito feliz”, declarou.

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