Gwyneth Paltrow revelou que o Oscar que recebeu por Shakespeare Apaixonado (1998) aos 26 anos foi um dos motivos que a levaram a se afastar de papéis principais por mais de sete anos. Em entrevista ao quadro Actors on Actors, da revista Variety, a atriz contou que o impacto do reconhecimento veio acompanhado de esgotamento e uma necessidade de repensar prioridades.
“Foi uma combinação de coisas. Nos meus 20 anos eu nunca dava uma pausa e me esgotei. Quando tive minha filha, pensei ‘vou tirar um minuto’ e, felizmente, eu pude sustentar isso. E então eu tive meu filho e quis encarar de uma forma diferente, ter um pouco mais de vida”, explicou. Durante esse período, ela passou a aceitar papéis coadjuvantes, como nos filmes da franquia Homem de Ferro.
Segundo Gwyneth Paltrow, o prêmio máximo da indústria chegou em um momento em que ela ainda não tinha estrutura emocional para lidar com tanta atenção. “Sinto que ainda não tinha as ferramentas para metabolizá-lo, então foi bastante esmagador e também me fez parar e pensar ‘o que significa e o que é que se faz depois disso?’”, relatou a atriz, que também se dedicou ao lançamento de sua marca de produtos de bem-estar e skincare, a Goop.
Ao longo dos anos, a atriz priorizou a família e evitou longas locações para filmagens enquanto os filhos ainda moravam com ela. “Eu não queria ir para locações enquanto meus filhos ainda estivessem em casa. Eu senti que havia uma parte de mim que precisava amadurecer e entender realmente quem eu era, e obtive muitas dessas respostas através da minha família”, afirmou.
O retorno aos papéis principais vem agora com Marty Supreme, novo filme do diretor Josh Safdie. “Foi exatamente nessa hora que conheci o Josh e me familiarizei com o trabalho dele. Ele me lembrou de algumas daquelas pessoas no início de suas carreiras”, comentou.


