"É MALHAÇÃO"

Apresentador do Operação de Risco, Jorge Lordello desce a lenha em Tremembé

Âncora da RedeTV! e Ricardo Salada afirmam que série do Prime Video distorce a realidade dos presídios ao suavizar regras e rotinas do ambiente carcerário

Apresentador de televisão em estúdio jornalístico, vestindo terno azul e gravata clara, olha diretamente para a câmera com expressão séria. Ao fundo, há um cenário com parede de tijolos, telas exibindo gráficos e uma estrutura metálica em grade; uma bandeira do Brasil aparece parcialmente no canto inferior esquerdo.
Série Tremembé, do Prime Video, foi criticada por Jorge Lordello (foto: Reprodução/Internet)

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A série Tremembé, produção nacional do Prime Video, gerou críticas por parte de especialista em segurança pública. Jorge Lordello, ex-delegado e apresentador do Operação de Risco, da RedeTV!, apontou distorções na forma como a obra retrata o sistema prisional brasileiro. “Para mim é Malhação”, disse.

Segundo Jorge Lordello, a narrativa da série apresenta um retrato excessivamente humanizado do ambiente carcerário, incompatível com a realidade dos presídios de segurança máxima como o de Tremembé. “Pegaram todo o escopo da Malhação, uma coisa romantizada, humanizada, e jogaram aquilo para um ambiente carcerário. Essas pessoas que eventualmente foram fazer a série nunca entraram no presídio”, afirmou.

O ex-delegado ainda questionou a autenticidade do roteiro, citando as restrições que mesmo profissionais da segurança enfrentam para acessar presídios. “Eu fui delegado de polícia muitos anos, escrevo livros, e não sou autorizado a entrar na cela. Meu contato com o presídio foi muito pequeno. Como é que eles escreveram essa série?”, indagou em conversa com o programa O Povo Quer Saber, do UOL.

Jorge Lordello citou especificamente o caso dos irmãos Cravinhos e Suzane von Richthofen. “Eu fico imaginando Andreas Richthofen vendo essa confusão toda, vendo essa Malhação do Tremembé. Nós temos que verificar as 11 famílias do Maníaco do Parque que perderam suas filhas. Como é que fica toda essa gente que conheceu as vítimas e chega lá, aparece o assassino com um ar de bonzinho, de apaixonado?”, relatou.

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