Jimmy Kimmel usou o tradicional espaço da Mensagem de Natal Alternativa, exibida anualmente pela emissora britânica Channel 4, para fazer críticas contundentes ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O discurso foi ao ar no mesmo horário do pronunciamento oficial do rei Charles 3º e destacou episódios recentes de censura e pressão política sofridos pelo apresentador.
O artista relembrou a suspensão de seu talk show em setembro, alegando interferência direta do governo americano. “Do ponto de vista do fascismo, esse ano foi ótimo. A tirania está a todo vapor aqui”, disse. Segundo ele, Trump teria feito ameaças à empresa responsável pelo programa por não receber a adoração que esperava: “De repente, saímos do ar”.
O apresentador afirmou que, após a suspensão, o talk show retornou ao ar “mais forte do que nunca”. “Nós vencemos, o presidente perdeu, e agora estou de volta ao ar todas as noites”, declarou. Em tom crítico, ele comparou Trump a uma figura monárquica: “Não temos nada contra o seu rei. O problema é com o cara que acha que é o nosso rei”.
Durante o discurso, Jimmy Kimmel lamentou os ataques à democracia nos Estados Unidos. “Hoje, estamos figurativa e literalmente destruindo as estruturas da nossa democracia. Imprensa livre, ciência, medicina, independência jurídica, até a própria Casa Branca, estamos uma bagunça. Sei que isso afeta vocês, e queria dizer: desculpem. Saibam que não somos todos assim”, disse. Ele também pediu desculpas ao público internacional pelos reflexos dessa situação.
“Talvez vocês pensem que governos só silenciam seus críticos na Rússia, na Coreia do Norte e em Los Angeles. Certamente não no Reino Unido. Bem, é isso o que pensávamos, mas agora temos o rei Donald 8º ordenando execuções. Acontece muito rápido”, completou o apresentador.


