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COMENTARISTA DA CNN BRASIL

Boris Casoy detona neutralidade de Jair Bolsonaro na guerra: “Covarde”

Imagem com foto do jornalista Boris Casoy
Boris Casoy, comentarista da CNN Brasil, criticou postura do presidente Jair Bolsonaro sobre a guerra no leste europeu (foto: Reprodução/CNN Brasil)

Comentarista da CNN Brasil, Boris Casoy despertou a ira dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao criticar a neutralidade do Brasil na guerra entre a Rússia e Ucrânia no leste europeu. Em coletiva de imprensa realizada no último domingo (27), o político afirmou que não iria tomar partido no conflito entre os países, que de acordo com o Serviço de Emergência da Ucrânia, já matou mais de 2.000 civis. O Brasil tem relações comerciais com os dois países. No quadro Liberdade de Opinião no canal de notícias da TV por assinatura, o jornalista de 81 anos repercutiu a declaração de Bolsonaro. Ele disse que “o presidente Bolsonaro colocou uma posição diferente do que o Brasil tinha colocado no Conselho de Segurança da ONU”.

“Veja o que o embaixador [Ronaldo] Costa Filho disse [na ocasião]: ‘O Conselho de Segurança deve reagir de forma rápida, com uso da força, contra a integridade territorial de um Estado-membro, uma linha foi cruzada e este Conselho não pode ficar em silêncio’. Quer dizer, isto é uma nítida condenação [da guerra]. Agora vem o presidente e fala em neutralidade”, disse Casoy. “O Brasil é um país enorme e não pode adotar uma neutralidade dessas quando um estado invade o outro, uma decisão unilateral de guerra sem que haja provocações, nem razões… São razões de um futuro que [Vladimir] Putin supõe que possa ocorrer com a integração da Ucrânia à Otan”, ressaltou o comentarista da CNN Brasil.

Na visão do jornalista, Jair Bolsonaro “às vezes fala e depois pensa” e o chefe do Executivo teme sofrer punição da Rússia caso imponha sanções à Moscou ou mantenha apoio a favor da Ucrânia. “O Brasil teme que a Rússia, um de nossos principais fornecedores de insumos agrícolas, fertilizantes, reduza, corte de alguma maneira, puna o Brasil por uma posição pró-Ucrânia. E daí? Essa punição é viável? É possível?”, questionou.

“É preciso lembrar o presidente Bolsonaro que a Rússia também precisa vender. Então o Brasil, infelizmente, adotou uma posição neutra, que eu chamo de uma posição covarde, num conflito gravíssimo, que dita regra de comportamentos para o futuro, quando o Brasil deveria condenar de forma veemente a Rússia pela guerra que desenvolve contra um país militarmente muito fraco”, disparou Boris Casoy.

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