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EX-APRESENTADOR

Cid Moreira relembra tempos do Jornal Nacional: “Inventei muita coisa”

Foto de Cid Moreira
Cid Moreira relembrou bancada do Jornal Nacional (foto: Reprodução/TV Globo)

O jornalista que ficou mais tempo em uma bancada no mundo, é do Brasil. Cid Moreira contou em entrevista para o Splash como enxerga as mudanças no Jornal Nacional, onde ficou por 27 anos. O apresentador relatou que não sente saudades de trabalhar com o jornalismo e pontuou que se realizou profissionalmente ao gravar a bíblia.

“Tudo no mundo evolui. À época, eu tinha que ficar sentadinho ali. Tinha que me comportar. Hoje, o negócio é mais à vontade, mais informal, né? Então, quando você está num clima de formalidade, fica difícil você sair dele. Naquela época, isso era impossível. Hoje, é possível. E, amanhã, outras ideias surgirão. O mundo evolui. O mundo não para. A gente está aqui e está evoluindo. É o nosso compromisso com o mundo, o de evolução”, declarou o comunicador sobre o Jornal Nacional, além de relembrar um momento importante de sua carreira que aconteceu em agosto de 1987.

“O jornal era muito formal. Quando morreu o [Carlos] Drummond de Andrade, a direção resolveu me tirar da bancada e ler um trecho do poema dele em pé, aquele ‘E agora, José?’. Daí, eu combinei com o operador [de câmera]: ‘ó, não fala nada para ninguém. Eu vou fazer e, no final, vou sussurrar. Então, você aumenta o ganho [de som], tá?’ Aí, eu falei o poema e o ‘E agora, José?’ sussurrando. Eu fui cumprimentado por todos os colegas, entende? Eu inventei muita coisa no jornal”, contou.

Questionado se sente falta da bancada do Jornal Nacional, Cid Moreira relatou que não. “O que o que passou, passou. Há um tempo me perguntaram: ‘você não sente saudade?’ Não. Eu vivi aquela fase intensamente, gostei e dei o meu melhor. Eu fiz aquilo que eu podia fazer e como era possível fazer na época… Estou satisfeito”, declarou.

Em 2001, o profissional gravou a Bíblia em áudio e alcançaram um enorme sucesso de vendas. “Me realizei como profissional ao gravar a Bíblia na íntegra, de Gênesis ao Apocalipse. Um desafio profissional que só o cara que gosta de trabalhar mesmo, se não é impossível. Imagina gravar a Bíblia na íntegra? Foram quase sete anos. Eu fiz tudo, inclusive, o texto, ajeitei os personagens., dirigi, sem ser ator, sem nada… Foi tudo no improviso e eu comecei a me soltar na área artística”, detalhou.

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