Demitido nos últimos dias de 2023 pela Record, Arnaldo Duran falou sobre a demissão do canal em que trabalhou por 17 anos na segunda passagem. O jornalista possui a síndrome de Machado-Joseph, doença degenerativa rara, e trabalhava na equipe do Domingo Espetacular.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, o comunicador afirmou que sempre foi fiel a verdade. “Eu tenho sido jornalista há 54 anos, com dignidade. Mesmo quando você vê patrões, tipo assim, diferentes da realidade social, como Roberto Marinho. Eu nunca me entreguei… Com Bispo [Edir] Macedo, nunca entreguei minha dignidade. Nunca fiz uma matéria mentindo. Nunca fiz uma matéria favorecendo patrões. Eu vendi a minha força de trabalho a esses patrões”, pontuou.
A justificativa para Arnaldo Duran da demissão era de “contenção de gastos” e afirmou que continua desnorteado. “Se eu fui tão ético, eu trabalhei tão bem, eles me mandaram embora, fui demitido sem nenhuma parcimônia. Sou portador da Doença de Machado-Joseph, que é uma doença neurológica degenerativa, rara… Estou um pouco desnorteado, pensando o que fazer. Estou triste. Vou parar de falar, para não falar nenhuma besteira, que vá piorar a situação. Eu vou desligar”, declarou.
Arnaldo Duran tem um longo currículo no jornalismo brasileiro. O comunicador começou a carreira como locutor mirim em um programa de rádio, aos 13 anos, na Rádio Piratininga, no interior de São Paulo. Trabalhou em inúmeras rádios e jornais desde 1973. Dez anos depois, foi convidado a trabalhar na Globo de Bauru, no interior paulista. Foi transferido para a capital logo depois.
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Saiu da Globo e trabalhou na TV Manchete, no Rio de Janeiro. Logo depois, ele teve a primeira passagem pela Record. Trabalhou no SBT e voltou para a Globo. Chegou a trabalhar na CBS Telenotícias, nos Estados Unidos, e desistiu pelo frio de Nova York. A segunda passagem pela Record aconteceu em 2006.