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Repórter do Esporte da Globo denuncia racismo nos estádios de futebol

Luiz Teixeira relata episódios de racismo no trabalho em estádios (foto: Reprodução/Instagram)
Luiz Teixeira relata episódios de racismo no trabalho em estádios (foto: Reprodução/Instagram)

Repórter do Esporte da Globo desde março, o jornalista Luiz Teixeira relatou nas redes sociais que tem sofrido episódios frequentes de racismo durante o trabalho nos estádios de futebol. Em seu perfil no Twitter, o profissional afirmou que quase sempre é questionado sobre sua função na transmissão. “É duro aceitar um repórter negro?”, questionou.

“Mais uma vez fui ‘questionado’, no credenciamento de um jogo, se eu era câmera ou auxiliar, mesmo sendo o único repórter de campo e com a roupa da transmissão. Não fiz nem seis meses de Globo e perdi as contas de quantas vezes isso já aconteceu. É duro aceitar um repórter negro?”, desabafou.

“Todas as funções são essenciais e importantes para uma transmissão de TV acontecer. Todas! Mas ser sempre o ‘confundido’ gera um desgaste grande e para mim nunca será normal, principalmente por saber o real motivo do ‘deslize’ e por ver que o ‘procedimento padrão’ só serve para um”, continuou.

“Minha esposa sabe o quanto eu luto contra coisas assim e quantas vezes eu cheguei em casa relatando a mesma história. Seguimos firmes e fortes e não deixaremos nada e nem ninguém impedir nossos avanços”, finalizou Luiz Teixeira.

Apresentadora da Globo é vítima de racismo na própria casa

A jornalista Luana Assiz surpreendeu seus fãs ao contar em suas redes sociais que foi vítima de um episódio racista dentro de sua própria casa há alguns dias. Ela, que é um dos principais nomes da TV Bahia, relatou que chamou um técnico especializado para fazer reparos no chuveiro de seu apartamento, mas que não foi reconhecida por ele, já que estava de máscara durante todo o atendimento.

De acordo com a contratada da afiliada da Globo, o profissional deve ter acreditado que ela prestava serviços domésticos para a dona do apartamento por ser negra, e por conta disso, ele a tratou de forma ríspida até ser alertado de que a apresentadora era a proprietária daquele local.

“Contratei um técnico para fazer um conserto no chuveiro. Eu o recebi de máscara, cumprimentei e recebi um grunhido como resposta. Quando terminou o serviço, ele me disse: ‘explique a ela que…’. Eu interrompi o técnico, olhei pra ele e, com tom de voz firme e irônico, perguntei: ‘explicar a ela quem, querido?’. Ele: ‘à dona’. Eu falei: ‘você está falando com a dona’. Constrangimento”, relatou a apresentadora.

“Provavelmente, o técnico achou: que 1) eu, por ser negra, só poderia estar trabalhando no apartamento onde ele foi prestar serviço e 2) por achar que eu estaria fazendo serviço doméstico, poderia me tratar de forma ríspida. Após descobrir que estava falando com ‘a dona’, o tratamento mudou radicalmente. Mas até na hora de preencher a ficha de atendimento, me perguntou, constrangido, como me identificar. Eu repeti: ‘Dona. Contratante’”, concluiu.

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