O príncipe Harry afirmou nesta sexta-feira (2) estar “devastado” após perder um recurso judicial contra a redução de sua segurança policial no Reino Unido. Em entrevista à BBC, ele declarou que, por conta da decisão, considera “impossível” retornar ao país com sua mulher, Meghan Markle, e os filhos, de forma segura. Desde que se afastou das funções reais em 2020, ele não recebe mais proteção oficial.
Harry moveu uma ação contra o Ministério do Interior, que determinou que o duque de Sussex não teria mais direito a escolta policial financiada pelo Estado. A decisão foi mantida pela Justiça. “Pensamos que seria do nosso jeito. Estou muito arrasado com a decisão”, declarou. O príncipe disse que pretende recorrer diretamente ao primeiro-ministro Keir Starmer e à ministra do Interior, Yvette Cooper, para reavaliar os procedimentos.
O duque também lamentou o distanciamento com o pai, o rei Charles III, a quem não vê desde fevereiro de 2023, quando o monarca recebeu o diagnóstico de câncer. “Não sei mais quanto tempo meu pai tem de vida. Ele não fala comigo por conta dessa questão de segurança, mas seria bom reconciliar”, afirmou. “Se a Família Real não quer reconciliação, depende deles”, afirmou.
Palácio nega interferência e diz que decisão é legal
Harry também mencionou que alguns membros da realeza ainda não o perdoaram por ter publicado seu livro de memórias, Spare, em que detalha bastidores da monarquia e conflitos familiares. “Alguns membros da minha família nunca vão me perdoar por ter escrito um livro”, afirmou.
Em resposta à entrevista, o Palácio de Buckingham divulgou uma nota oficial, informando que as questões levantadas por Harry foram analisadas “repetidamente e meticulosamente pelas cortes” e que a conclusão foi a mesma em todas as ocasiões. O governo britânico ainda não comentou a intenção do príncipe de buscar apoio político para reverter a decisão.


