Guilherme Fontes voltou a falar sobre seu papel mais marcante na televisão: Alexandre, de A Viagem (1994). A nova reprise da novela na programação da Globo reacendeu o interesse do público. Em entrevista à revista Quem, o ator refletiu sobre a longevidade da obra e confessou que, se pudesse, tornaria o personagem ainda mais sombrio.
“Sinto gratidão e alegria ao perceber o trabalho se eternizar na mente popular. Passar por várias gerações e ainda ser distribuído em mídias digitais mantém o frescor da estreia. Isso não tem preço”, afirmou o ator. A Viagem está sendo reprisada pela sexta vez: três na Globo e três no Canal Viva.
Questionado sobre o que faria diferente caso voltasse a viver Alexandre, Guilherme Fontes respondeu com humor: “Ampliaria sua maldade. Faria um retorno triunfal, com mais poderes especiais, confrontando erros do passado e do presente. A última cena dele é como um anjo descendo ao paraíso. Se possível, daria mais ênfase dramática, mais sustos, mais provocações nessa luta entre o bem e o mal”, sinalizou.
Na avaliação do ator, o sucesso sobrenatural da novela vai além da temática espiritual: “É uma poderosa história que transmite esperança, fala sobre a doença da vingança e do ódio, sobre a busca por redenção. Mesmo ardendo nos infernos, ainda podemos lutar por um caminho de paz em qualquer plano espiritual”, relatou.
Com 40 anos de carreira, Guilherme Fontes entende que o impacto de A Viagem vai além da ficção. Para ele, a obra toca o público por discutir questões existenciais universais. “Uma novela é muito importante para nós brasileiros. A dramaturgia é parte da nossa cultura. Quando uma história faz sucesso, ela se eterniza e isso aconteceu com Alexandre”, concluiu.


