Regina Duarte voltou a comentar sobre sua breve passagem pela secretaria de Cultura do governo Jair Bolsonaro (PL) e afirmou que sua saída foi “o melhor para todo mundo”. A atriz explicou que, apesar de ter considerado o convite “honroso e maravilhoso”, reconheceu rapidamente que a função era “totalmente fora da minha capacidade, da minha área [de atuação]”, mesmo acreditando inicialmente que poderia dar conta.
A artista revelou detalhes do convite. “Em um domingo à tarde, o presidente te liga e fala: ‘Regina, estou com um bando de gavião querendo esse cargo, mas eu quero dar pra você. Eu quero você aqui’. Eu, curiosa, aventureira, atrevida, falei: ‘aceito’. Fiz uma reunião com amigos ligados à cultura e eu fui, aceitei”, contou para a Revista Oeste.
Pouco tempo após assumir o cargo, surgiram problemas nos bastidores e sua entrevista polêmica à CNN Brasil, na qual minimizou a violência da ditadura e deixou a transmissão ao vivo, marcou o ponto final de sua gestão. “Caí em uma armadilha, estavam querendo me derrubar mesmo. Marquei uma reunião com o presidente, queria sair, porque era o melhor para todo mundo. [A política] não era o meu mundo”, afirmou.
Segundo Regina Duarte, Jair Bolsonaro entendeu a decisão. “Quando a gente sentou para almoçar, ele falou: ‘já sei qual é o tema, você quer sair’”, relembrou. Após deixar o cargo em 2020, a atriz foi anunciada para a Cinemateca Brasileira, mas nunca chegou a assumir a função.


