Guerreiros do Sol estreia no Globoplay em 11 de junho com a proposta de retratar o cangaço sob um novo ponto de vista. A novela, assinada por George Moura e Sergio Goldenberg, promete abandonar idealizações históricas e dar protagonismo a figuras femininas em meio ao sertão dos anos 1920. “A história será livremente inspirada no cangaço, mas sem maniqueísmos”, explicou Moura em entrevista ao site F5, da Folha de S.Paulo.
“O cangaceiro não é um herói de esquerda, nem um bandido cruel. É alguém que vive à margem da lei. Ele é, acima de tudo, um sobrevivente”, pontuou o autor. O folhetim acompanhará Rosa (Isadora Cruz) e Josué (Thomás Aquino), sertanejos que se apaixonam e acabam se tornando cangaceiros após uma tragédia provocada por um coronel vingativo.
“Queríamos explorar a transformação dessas pessoas, o que leva alguém a entrar nesse universo e como se vive depois disso”, conta Goldenberg, destacando que a proposta da trama é mostrar todos os lados: “Vamos da formação humana ao cotidiano nômade. Onde vão dormir? O que vão comer? Como vivem essas relações, inclusive as amorosas, em meio à guerra e à resistência?”.
José de Abreu, que interpreta o Coronel Elói, também falou um pouco sobre a historia. “No cinema novo, havia uma idealização do cangaceiro como herói revolucionário, quase um Robin Hood. Mas a história real é mais complexa. Muitos se aliaram aos senhores de engenho e impunham sua própria justiça”, disse ele, tendo seu comentário reforçado George Moura.
“Eles criavam uma ordem própria, baseada na força. Não é uma fábula. É uma tentativa de reconstrução possível de um passado, com todas as contradições que ele carrega”, complementou o autor de Guerreiros do Sol, que tem direção artística de Rogério Gomes, o Papinha. A novela terá cinco capítulos liberados por semana no Globoplay, sempre às quartas-feiras, e também fará parte da programação do Globoplay Novelas, substituto do Viva na televisão por assinatura.
