Sarah Jessica Parker afirmou que gosta de ser chamada de anti-heroína por sua interpretação de Carrie Bradshaw em Sex and the City. Para a atriz, esse rótulo dá à personagem o mesmo espaço de complexidade que muitos protagonistas masculinos têm na TV. “Adoro Família Soprano e vejo todas às vezes que [Tony] agiu ilegalmente, e nós o amávamos. Carrie tem um caso e todos ficam arrasados”, comparou.
Desde a estreia da série em 1998, a figura de Carrie Bradshaw passou por uma reavaliação cultural. Novos fãs da produção passaram a apontar a personagem como tóxica e fútil, com críticas a seu comportamento egocêntrico e suas escolhas amorosas. Um site chamado Carrie Bradshaw Is the Worst (Carrie Bradshar é a pior) foi criado apenas para destacar falhas da protagonista, como a traição a Aidan e sua obsessão por si mesma.
Para Sarah Jessica Parker, o julgamento é desproporcional e reforça estereótipos. “Prefiro ser chamada de anti-heroína do que qualquer outra coisa. Para mim, um anti-herói é alguém que não se comporta de maneira convencional, e ela nunca se comportou assim”, disse a atriz em entrevista ao jornal britânico The Guardian. “Mas muitas pessoas também a amam!”, completou.
A atriz também comentou sobre a versão mais recente da personagem na série derivada And Just Like That. Segundo ela, Carrie amadureceu de forma natural com o tempo. “Acho que é correto do ponto de vista do desenvolvimento, mas não é tão surpreendente. Ela não foi uma pessoa extremamente histérica durante os nove anos que passou na televisão”, avaliou.
Ao ser questionada sobre como lida com a fama e os julgamentos do público, Sarah Jessica Parker foi direta. “É complicado, mas fazer o quê? Exige paciência quando um filho faz uma birra no aeroporto, por exemplo. Mas se esse é o meu fardo, estou numa posição bastante invejável”, concluiu.
