Nivea Maria, que não atua em uma novela da Globo desde o fim de A Dona do Pedaço, está de volta à emissora na continuação de Êta Mundo Melhor. Em entrevista exclusiva ao TV Pop, a atriz, que vive Margarida na trama, falou sobre sua personagem na história, que não estava na primeira versão do folhetim. “Margarida é uma personagem nova e ela chega tendo que se adaptar a todos os personagens que já existiam “, iniciou.
“Ela é muito além, ela é muito mais moderna, apesar de ser uma mulher educada, uma mulher agregadora, uma mulher gentil, ela tem um passado muito misterioso e acho que vai trazer uma modernidade, mesmo de época, para os personagens que já existem da novela. A música de romances, romances antigos, romances novos, a modernidade da rádio que existe na cidade. Novelas, então vai ser uma coisa diferente”, conta.
Questionada sobre a diferença dessa personagem para outras novelas de época que ela já fez, Nívia Maria afirmou que tem preferência por tramas assim. “Olha, eu adoro fazer novela de época. Eu acho muito melhor porque você tem muito mais liberdade, de repente, pra criar o seu personagem. E fazendo uma novela atual, hoje em dia, você corre o risco muito de ser apontado. É porque o ser humano, ele tá muito crítico, ele tá muito frustrado com algumas coisas”, explica ela.
“Então, a novela de época, como ele não conhece a época em que a história está, como é que era a educação, como é que era a sociedade, como é que era tudo, tudo é surpresa pra ele. Então ele não pode dar muito palpite. Tem que embarcar na novela”, acrescenta a atriz, destacando que a meta da produção é trazer o público jovem. “Conquistar esse público jovem, não tirando ele do celular e da atividade que eles têm, mas sei lá, como uma coisa lúdica, de repente, diferente, pra eles saírem só da tecnologia atual, pra irem pra tecnologia passada”, refletiu a veterana.
Por fim, Nivea Maria comentou sobre voltar à emissora. “Eu tô muito feliz porque eu tô reencontrando antigos atores veteranos da minha época, conhecendo o pessoal novo, não só atores e atrizes, mas também gente da técnica. E pra mim, eu nasci dentro disso, né? Então eu nunca me liberei totalmente daquele jeito. Porque eu fiz cinema, fiz teatro, mas a televisão está no meu sangue. São 60 anos fazendo televisão. Eu gosto muito da imagem, da fotografia, da tela”, reflete.
“Eu gosto da tela, de estar na tela. Não ligar da vaidade, senão eu estaria louca, porque você nem sempre, não é a beleza só que faz você ficar feliz na tela. É o que você passa de comportamento, com seu sorriso, com as suas palavras, com o seu gestual, com o seu jeito de ser. A diversidade é muito importante e a televisão pode mostrar mais a diversidade do que de repente a internet”, finaliza.


