Valéria Monteiro relembrou momentos difíceis de sua carreira como jornalista na Globo. A primeira mulher a apresentar o Jornal Nacional afirmou que sofreu rejeição de colegas ao assumir o cargo em 1992. Em entrevista ao Sensacional, da RedeTV!, ela contou que enfrentou críticas internas e o impacto emocional do relacionamento com Paulo Ubiratan (1947-1998), diretor da emissora na época.
A jornalista começou a ganhar projeção ao assumir o Fantástico no fim dos anos 1980. Aos 21 anos, foi promovida após se destacar no jornal local RJTV. “Cheguei e ninguém tinha avisado a outra apresentadora [que iriam substituí-la]”, contou Valéria Monteiro, que revelou também ter enfrentado resistência da equipe. “Os editores, na época, não gostaram muito, porque eu não era conhecida, tinha acabado de chegar no Rio”, contou.
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Ela relatou ainda que sofria ataques indiretos nos bastidores da emissora. “Ninguém me dava bom dia. Tinha uma pessoa que escrevia, acho que ela faz rádio hoje em dia… ela fazia críticas pesadíssimas. Alguém recortava essas críticas me derrubando e colocava na minha mesa. Nunca soube que fazia isso”, confidenciou durante a entrevista ao programa comandado por Daniela Albuquerque.
Valéria Monteiro recebeu convite do SBT
A relação com Paulo Ubiratan, com quem se casou enquanto ainda trabalhava na Globo, também influenciou seu futuro profissional. Valéria Monteiro também revelou que recebeu um convite do SBT após sair da emissora carioca, em 1993. “Quando saí da TV Globo, me chamaram para o SBT: ‘Valéria, você apresentaria?’ Apresentaria, lógico. Aí o Paulo interferiu no SBT”, declarou.
Ela também refletiu sobre os efeitos emocionais da relação e sobre a tentativa de manter uma imagem positiva do pai para a filha. “Me sentia, de certa forma, ameaçada porque parecia que a minha carreira dependia de uma outra pessoa [Paulo]”, disse. “Eu tinha chegado lá sem interferência dele. Quando o conheci, já apresentava o Fantástico”, completou.
Valéria Monteiro relatou ainda os ataques que sofreu após a morte do ex-marido, em 1998. Paulo Ubiratan faleceu após sofrer um infarto. “A gente tentava ter alguma relação, porque eu não queria que minha filha tivesse um pai ausente”, disse a jornalista. “As revistas falaram que ele morreu do coração porque eu tinha matado, que eu não deixava ele ver a filha”, lamentou.
