A apresentadora Carolina Ferraz revelou, no Domingo Espetacular, da Record, que foi alvo de perseguição durante cinco anos por uma mulher de origem russa. O relato foi feito durante uma reportagem especial sobre o aumento de casos de stalking, prática que envolve vigilância obsessiva e insistente. Segundo ela, a situação só foi encerrada após a prisão da perseguidora.
O jornalista Roberto Cabrini, que divide a apresentação do programa com Carolina, introduziu o tema destacando a proximidade do caso: “Essa questão está muito mais próxima do que a gente imagina. Todos sabem que eu trabalho com uma grande estrela da televisão brasileira. E ela própria foi vítima desse crime”, disse ele.
Em seguida, Carolina Ferraz confirmou a história e relatou que o comportamento da perseguidora começou com cartas ameaçadoras. “Ou eu seria dela ou não seria de mais ninguém”, lembrou. O caso evoluiu para ações presenciais, com invasões a estúdios de gravação. “Ela dizia algo como: ‘Ou eu seria dela, ou não seria de mais ninguém’. Ela chegou a invadir o set de gravações duas vezes, tentou me atacar, mas as pessoas conseguiram impedir”, contou a apresentadora.
O episódio ocorreu quando uma das filhas de Carolina ainda era criança. A apresentadora do Domingo Espetacular é mãe de Valentina, de 30 anos, e Isabel, de 10. A atriz, atualmente no ar na reprise de História de Amor (1995), na Globo, procurou apoio das autoridades brasileiras e da Interpol. “As autoridades ainda não estão preparadas para lidar com esse tipo de situação”, lamentou a artista.
Apesar de proibida de entrar no Brasil, a mulher conseguiu burlar o controle e retornou ao país antes de ser detida. “Finalmente, ela foi presa e eu consegui finalizar essa situação, mas foi muito difícil”, afirmou Carolina Ferraz. No Brasil, a prática de stalking passou a ser considerada crime em 2021, com a inclusão do artigo 147-A no Código Penal.
A lei prevê pena de seis meses a dois anos de prisão, além de multa, para quem perseguir alguém de forma reiterada, ameaçando sua integridade física ou psicológica, invadindo sua privacidade ou restringindo sua liberdade. As ações mais comuns envolvem mensagens insistentes, aparições inesperadas e monitoramento constante, inclusive por meios digitais.


