VIOLÊNCIA URBANA

Influenciadora sofre ataque com pichação em caminhonete: “Foto nua não é trabalho”

Débora Peixoto encontrou o carro pichado com frase ofensiva e classificou a ação como tentativa de silenciamento contra mulheres que atuam com conteúdo adulto

Débora Peixoto observa sua caminhonete branca vandalizada com frases ofensivas escritas em tinta vermelha
Débora Peixoto lamentou vandalismo em sua caminhonete no Rio de Janeiro (foto: Divulgação)

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A influenciadora Débora Peixoto, de 32 anos, teve o carro vandalizado com uma frase ofensiva à sua profissão como criadora de conteúdo adulto. O caso aconteceu no Rio de Janeiro e foi registrado por ela ao sair de casa. Pichado com tinta spray, o veículo exibia em letras grandes a mensagem: “foto nua não é trabalho”, deixando clara a motivação do ataque.

“Na hora, eu congelei. Nunca imaginei que alguém teria coragem de fazer isso em plena luz do dia, na porta da minha casa”, afirmou Débora. Segundo ela, o carro havia sido usado poucas horas antes e estava estacionado normalmente. A influenciadora considerou a ação um ataque direto à sua liberdade de escolha profissional.

Abalada com a situação, Débora Peixoto relatou que levou alguns minutos para entender o que havia acontecido. “Pensei em apagar na hora, mas parei. Isso não é só sobre mim. É sobre o que muitas mulheres passam quando escolhem viver fora do que esperam delas. Querem nos silenciar com vergonha, com agressão, com tinta em cima de tudo o que a gente constrói”, desabafou.

Ela declarou que pretende registrar boletim de ocorrência e não pretende deixar o caso passar sem consequências. “É um ataque direto à minha profissão, à minha liberdade. Querem transformar o meu corpo em motivo de vergonha. Mas não é. Eu não tenho do que me envergonhar”, afirmou a influenciadora. Segundo ela, a ação não atingiu apenas seu bem material. “Não foi só meu carro que tentaram atingir. Foi a minha liberdade de ser quem eu sou”, concluiu Débora Peixoto.

Vandalismo é considerado crime de dano, previsto no artigo 163 do Código Penal, com pena que varia de detenção de um a seis meses ou multa. Quando praticado por motivo de preconceito, intolerância ou ódio, pode ser enquadrado também em outras legislações, como a Lei do Crime Racial ou de Gênero, dependendo da motivação. A investigação cabe à polícia civil do estado.

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