CONSTRANGIMENTO

Sabrina Boing Boing diz que foi obrigada a usar lençol para entrar no Vaticano

Influenciadora afirma que seguiu código de vestimenta, mas foi retirada da fila e obrigada a cobrir o corpo inteiro antes de entrar na Basílica de São Pedro

Sabrina Boing Boing com roupas curtas do lado de fora e coberta por tecido branco dentro do Vaticano
Sabrina Boing Boing relatou constrangimento durante visita ao Vaticano (foto: Divulgação)

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De volta ao Brasil após férias na Europa, a tatuadora, influenciadora e DJ Sabrina Boing Boing contou ter vivido uma situação constrangedora em Roma. Durante visita à Basílica de São Pedro, no Vaticano, ela foi retirada da fila por seguranças e obrigada a cobrir o corpo com um lençol fornecido pelo local. O episódio, segundo ela, ocorreu mesmo com o uso de roupas consideradas adequadas para a visita.

A artista explicou que escolheu um macaquinho discreto, sem decote e adequado ao calor intenso da capital italiana, que registrava sensação térmica acima dos 45 graus. Mesmo assim, não conseguiu entrar sem restrições. “Não era decote, não era pele demais. Era o formato do meu corpo. Se eu fosse reta, talvez tivesse passado”, escreveu em suas redes sociais.

Segundo Sabrina, a abordagem ocorreu ainda na área do detector de metais, antes do pátio da Basílica. Ela contou que foi surpreendida pelos seguranças. “Me tiraram da fila sem explicação, pediram para eu esperar e trouxeram um pano. Fiquei confusa, porque minha roupa era até mais comportada do que a de outras mulheres que estavam entrando com shortinho e regata”, relatou.

A DJ relatou que aceitou se cobrir para não perder o passeio, mas descreveu a experiência como desconfortável e humilhante. “Me senti uma múmia, coberta da cabeça até a canela, no meio de um calor absurdo. E ainda passei a chamar mais atenção, porque ninguém entendia o motivo daquela roupa em cima da outra. Foi como se eu tivesse sido colocada de castigo”, desabafou.

Sabrina Boing Boing critica julgamento pelo corpo e tatuagens

Na avaliação de Sabrina Boing Boing, o episódio não esteve ligado ao código de vestimenta, mas a um julgamento pessoal. “Não era uma questão de roupa. Foi julgamento. Um preconceito disfarçado de regra. Já estive em vários países e nunca me senti tão excluída. Me senti observada, analisada, como se não pertencesse àquele lugar”, afirmou.

Com mais de meio milhão de seguidores nas redes sociais, a influenciadora disse que a situação reforçou a percepção de que seu corpo é alvo constante de críticas. “Meu corpo sempre foi visto como um problema, mesmo quando estou totalmente coberta. É cansativo viver se defendendo por ser quem se é”, afirmou.

O Vaticano mantém regras de vestimenta que exigem ombros e joelhos cobertos para entrada em locais sagrados. Sabrina Boing Boing garantiu que atendeu às orientações, mas ainda assim foi barrada. “Eu tive bom senso. Não estava com nada justo, transparente ou indevido. O que incomodou foi quem eu sou”, concluiu.

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