A Justiça de São Paulo determinou a penhora de R$ 111,6 mil das contas do vereador Alexandre Frota, do PDT, mas encontrou apenas R$ 0,90 disponíveis. A ordem foi expedida pelo juiz Fernando José Cúnico em um processo movido por Gerson Florindo de Souza, ex-presidente do PT de Ubatuba, que acusou o ex-ator da Globo de divulgar fake news durante a campanha presidencial de 2018.
Segundo a coluna Rogério Gentile, do UOL, Alexandre Frota foi condenado a indenizar Souza após divulgar nas redes sociais que o dirigente petista teria simulado uma agressão contra Fernando Haddad, então candidato do PT à Presidência, para prejudicar Jair Bolsonaro. O vídeo atribuiu falsamente a Florindo a participação em um episódio registrado na saída de um evento da CNBB, em Brasília.
Na gravação, o parlamentar afirmou que o caso era uma “maracutaia” do PT. “Nós fomos atrás e descobrimos que esse cara é Gerson Florindo, presidente do PT de Ubatuba”, disse à época. “Vejam só aonde chega a canalhice desse partido.” O dirigente, no entanto, comprovou que não estava em Brasília no dia dos fatos e chamou o material de “grotesco exemplo do lamentável período eleitoral de fake news”.
Com a ação transitada em julgado, Alexandre Frota tentou argumentar que apenas havia cometido um erro. “Um equívoco não é um erro, é apenas uma atitude escusável que não causa danos maiores”, afirmou no processo. Ele disse que retirou o vídeo do ar “assim que se verificou a possibilidade de o autor do processo não ser personagem” do episódio.
O valor da indenização, inicialmente menor, alcançou R$ 111,6 mil com a soma de juros e correções monetárias. Como o vereador não quitou a dívida, o juiz determinou a penhora das contas. O bloqueio revelou saldo de apenas R$ 0,90 em nome do ex-bolsonarista, que hoje se declara “de centro-esquerda, bem moderado” e apoiou Lula na eleição presidencial de 2022.


