A Globo se tornou alvo de um processo movido pela produtora Boa Palavra, fundada por Julia Almeida, filha de Manoel Carlos. A empresa questiona a falta de transparência nos repasses referentes às obras do autor, um dos mais importantes nomes da teledramaturgia da emissora. O caso tramita na 21ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A informação é da Folha de S.Paulo.
De acordo com a ação, a emissora não fornece dados suficientes para a conferência dos valores pagos. A contestação envolve receitas provenientes de reprises, negociações internacionais e projetos derivados de textos de Manoel Carlos. A família afirma que os relatórios enviados são genéricos e não permitem verificar a forma como os montantes foram calculados.
“Para surpresa e decepção da Boa Palavra, a Requerida (Globo), até a presente data, não presta contas corretamente, mas, apenas, informa os valores pagos por cada obra. Os sucintos relatórios disponibilizados pela Requerida não fornecem nenhum elemento que permita à Boa Palavra verificar como foram calculados os valores pagos”, diz o documento.
Nos autos, a Boa Palavra solicita que a Globo apresente demonstrativos financeiros detalhados referentes aos últimos dez anos, incluindo contratos e pagamentos. A produtora afirmou que tentou resolver a situação de maneira amigável, mas não obteve retorno satisfatório, o que levou a judicialização do caso. “Pelos fatos e razões acima expostos, a Boa Palavra interpela a Requerida (Globo) para que preste contas dos pagamentos efetuados desde o ano de 2015 até a presente data, informando, para todos e cada um dos pagamentos detalhados”, sinaliza.


