Bianca Bin está em cartaz em São Paulo com Job, peça que aborda o impacto da tecnologia na saúde mental e mergulha no lado sombrio da internet. A atriz revelou que vive intensamente os dilemas da personagem, uma moderadora de conteúdo exposta a materiais pesados diariamente. Para ela, a trama funciona como um espelho de suas próprias experiências. “Já tive síndrome do pânico, lido com ansiedade e sei o peso que a rotina pode ter sobre o corpo e a mente”, contou.
O espetáculo, escrito em Nova York e levado à Broadway, foi trazido ao Brasil por Edson Fieschi, que também atua em cena ao lado de Bianca Bin. A direção é de Fernando Philbert. “É um texto denso, verborrágico, que nos obriga a investigar lugares desconfortáveis. Mas o teatro tem essa troca imediata com o público, que devolve energia e torna o processo transformador”, disse em conversa com a Folha de S.Paulo.
A imersão no enredo fez Bianca Bin repensar sua relação com o mundo virtual. “A tecnologia não é o problema em si. O perigo está nas pessoas e no mau uso que fazem dela”, afirmou. Ela destacou que aceitou o papel pela identificação imediata com o texto e pela possibilidade de discutir temas atuais em cena.
Além do teatro, a atriz também desperta expectativa na televisão. Bianca Bin revelou ter recebido convite de Walcyr Carrasco para sua próxima novela das nove, prevista para 2026. Apesar da parceria bem-sucedida em O Outro Lado do Paraíso (2017), ela impôs uma condição para aceitar: só topará se tiver duas folgas semanais. “Essa rotina já me adoeceu. Sofri burnout, e não quero repetir. Hoje só aceito voltar às novelas se puder ter duas folgas semanais”, afirmou.
Nos últimos anos, Bianca Bin priorizou trabalhos mais curtos, como filmes, séries e montagens teatrais. Gravou Dona Beja, que estreia em 2026 na HBO Max, participou da série Colônia, do Canal Brasil, e fez aparição em Êta Mundo Melhor, continuação de Êta Mundo Bom (2016).


