NYCOLE GOMES

Influenciadora abandonou o convento e desistiu de ser freira por ser bonita demais

Aos 24 anos, jovem recorda quando foi chamada de 'bonita demais' para a vida religiosa e como encontrou a liberdade no novo ofício

Nycole Gomes com touca de freira à esquerda e posando de top rosa com cabelo longo e tatuagens à direita
Nycole Gomes abandonou o convento e atualmente é professora de ioga (foto: Reprodução)

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A professora de ioga Nycole Gomes, de 24 anos, compartilhou nas redes sociais uma lembrança que mudou o rumo de sua vida. Após receber a mensagem de um ex-colega, ela relembrou a época em que sonhava em ser freira, mas foi dissuadida por um comentário: disseram que era “bonita demais” para seguir a vida religiosa.

“Eu cresci acreditando que minha vocação era viver em clausura. Minha família me educou para isso e eu realmente me via com o hábito. Mas quando ouvi que era bonita demais para ser freira, algo acendeu dentro de mim. Comecei a me perguntar se estava pronta para abrir mão da minha juventude, dos meus desejos, da minha liberdade”, relembra.

A trajetória de Nycole Gomes começou em Arapiraca (AL), onde foi abandonada pela mãe aos 5 anos e, posteriormente, adotada por uma família de Maceió. “Cresci entre a sensação de perda e a necessidade de me reinventar”, resume. Aos 17 anos, ela deixou a casa da família adotiva, passou por Goiânia e se estabeleceu em Brasília.

Nycole Gomes encontra espiritualidade na ioga

Foi na capital federal que a jovem encontrou na ioga uma nova forma de conexão espiritual, longe do convento que um dia idealizou. “O dilema religioso ainda me acompanhava, mas foi ao me afastar do convento que descobri outro espaço de espiritualidade: a ioga. A disciplina que aprendi no convento eu levei para o tapete de ioga. Mas ali eu descobri que podia usar essa disciplina para me conectar comigo mesma, sem repressão, sem culpa. Foi libertador”, afirma.

Hoje, Nycole Gomes é reconhecida por suas aulas ao ar livre e por uma nova forma de encarar o corpo e a sensualidade. “Durante anos me ensinaram que sensualidade era pecado. Eu aprendi que pode ser também espiritualidade. Meu corpo não é um peso, é a forma mais sincera de dizer quem eu sou”, diz.

A reflexão sobre o passado se tornou um símbolo de sua transformação. “A freira que nunca fui me ensinou a ser a mulher que eu sou. Escolher não seguir aquele caminho foi, na verdade, o primeiro passo para encontrar a minha liberdade”, conclui.

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