Longe de ser “a televisão mais feliz do Brasil”, o SBT vive um momento de crise e insatisfação generalizada que atinge desde funcionários da produção até os principais apresentadores da casa. As queixas nos bastidores apontam para falta de investimentos, mudanças repentinas na programação e um crescente sucateamento da emissora.
A informação foi divulgada nesta quinta-feira (9) pela coluna Canal D, do jornal O Dia, e pelo site Notícias da TV. Segundo a publicação, a crise tem dois alvos principais: a presidente Daniela Beyruti e Rinaldi Faria, superintendente de Criação e Produção, a quem ela teria delegado grande parte de suas responsabilidades na gestão artística e operacional do canal.
O criador da dupla Patati Patatá, Rinaldi Faria, entrou em rota de colisão com os principais artistas do SBT ao defender um plano de austeridade radical, com o qual pretende cortar até R$ 300 milhões em gastos. Oficialmente, os apresentadores negam o conflito, mas a tensão nos bastidores é crescente com a nova política da diretoria.
‘Ditadura’ e ameaça de demissões
Fontes da publicação descrevem a gestão de Faria como uma “ditadura militar”, na qual apenas profissionais que demonstrem lealdade incondicional são mantidos. O executivo já estaria, inclusive, planejando a substituição de apresentadores considerados “desagradáveis” por nomes de sua preferência, o que gera um clima de grande instabilidade.
Enquanto isso, Daniela Beyruti é criticada por ter se afastado das decisões da TV para focar exclusivamente no licenciamento de produtos com a imagem de seu pai, Silvio Santos (1930-2024). A percepção interna é de que a qualidade desses produtos estaria arranhando o legado do fundador da emissora, enquanto a programação da TV fica em segundo plano.
SBT nega crise nos bastidores
Apesar das múltiplas fontes que confirmam o clima de revolta e as queixas de grande parte do elenco, inclusive publicamente, o SBT nega oficialmente a existência de qualquer problema. Em nota, a emissora afirma que não há crise nos bastidores e que o ambiente de trabalho segue em normalidade, contrariando os relatos de sucateamento e insatisfação.


